As baterias tornam-se tópico principalmente quando se começam a notar sinais de “bateria viciada” no nosso telemóvel, tablet ou computador portátil. Nesse momento, surge a preocupação e a vontade de compreender o que leva a esse problema. Surge então a pergunta: é aconselhável carregar o telemóvel até aos 100%? Vamos explorar essa questão com a ajuda do Ekonomista.
Quando esses sinais de degradação aparecem, o receio de ficar sem bateria inesperadamente torna-se constante. A vida útil típica de uma bateria varia entre 3 a 5 anos, mas existem estratégias para prolongar esse período.
Alguns fabricantes indicam uma média de 300 a 500 ciclos de carga para as baterias. A Apple, por exemplo, menciona que as baterias dos seus portáteis atingem aproximadamente 80% da capacidade original após cerca de 1000 ciclos de carregamento.
A partir desse ponto, as baterias começam a perder a capacidade de armazenar energia suficiente para manter o dispositivo ligado por longos períodos.
Quando deve carregar o telemóvel?
A orientação para as baterias de iões de lítio é mantê-las com, pelo menos, 50% de carga. Quando a carga desce abaixo desse nível, é recomendável carregá-las um pouco, sempre que possível. Como diz o provérbio, “grão a grão, enche a bateria o papo”. A prática mais aconselhável é realizar recargas parciais, evitando carregar a bateria até aos 100%.
Embora carregar a bateria até aos 100% não seja prejudicial em situações ocasionais, fazê-lo com frequência pode reduzir a vida útil do seu dispositivo. Portanto, manter a carga da bateria entre 40% e 80% é considerado uma prática mais benéfica para prolongar a sua durabilidade.
Devo carregar até aos 100%?
Os fabricantes aconselham a realizar uma carga completa de 0% a 100% uma vez por mês para calibrar a bateria, semelhante a reiniciar o seu computador ou ir de férias. No entanto, essa prática não deve ser adotada diariamente.
A maioria dos smartphones modernos é suficientemente inteligente para interromper o carregamento quando atinge a capacidade total, minimizando os riscos de deixar o dispositivo ligado à tomada durante a noite.
No entanto, se estiver a utilizar uma capa no telemóvel, os fabricantes recomendam removê-la durante o processo de carregamento. Isso ocorre porque a capa pode provocar o sobreaquecimento da bateria, resultando em danos adicionais que ultrapassariam o problema de uma “bateria viciada”.
“Fast Charging”: sim ou não?
Muitos smartphones Android possuem a funcionalidade conhecida como Qualcomm Quick Charge ou, no caso da Samsung, Adaptive Fast Charging. Esses dispositivos têm um código especial localizado num chip (PMIC) que interage com o carregador utilizado, solicitando o envio de mais energia a uma voltagem superior. No entanto, essa prática pode causar danos a longo prazo à bateria devido ao constante sobreaquecimento causado pela voltagem elevada.
Por exemplo, o iPhone 6 não possui essa função de carregamento rápido, mas mesmo se utilizar um carregador com uma voltagem mais alta, o PMIC do iPhone é suficientemente inteligente para reduzir a voltagem excessiva, evitando assim o sobreaquecimento e potencial deterioração da bateria.
Em suma, é recomendável utilizar sempre o carregador fornecido com o smartphone ou outro aprovado pelo fabricante. A prática ideal é carregar até 100% uma vez por mês e evitar que o nível de carga do telemóvel desça abaixo dos 20%. Se possível, manter a bateria acima dos 50% a todo o momento é considerado ideal.
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