Nas praias do Algarve, voltaram a aparecer umas estranhas criaturas de invertebrados, geralmente confundidas com pequenas águas-vivas, mas são inofensivas e chamam-se salpas
Estes animais multicelulares reproduzem-se muito rapidamente, sendo capazes de duplicar o seu número várias vezes por dia.
Segundo o biólogo Juan Martin, o seu habitat é o mar aberto, mas sob certas circunstâncias, correntes, vento ou um aumento da luminosidade podem levar a uma produção massiva de salvas e podem aproximar-se da costa.
Limpam os oceanos e filtram o ar que respiramos
As salpas têm “um tremendo potencial de redução de carbono, porque se alimentam do fitoplancton que absorve o dióxido de carbono, estas criaturas muitas vezes flutuam ao longo da superfície do oceano para se alimentarem, sendo que utilizam a sua transparência para se camuflar de possíveis predadores”, explica o Green Savers.
Estes animais podem absorver cerca de 4.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por dia, desempenhando uma função de extrema importância para o planeta, pois ajudam a limpar os oceanos e filtram o ar que respiramos.
Esta espécie é comum em diversos oceanos, águas equatoriais, subtropicais, temperadas e frias.