Ventos solares de alta velocidade, provenientes de um “buraco” no Sol, devem atingir esta quarta-feira o campo magnético da Terra, provocando uma tempestade geomagnética de nível 1, ou seja, classificada como “menor”. Mesmo assim, o fenómeno pode causar falhas na rede elétrica e afetar os satélites, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).
Na atmosfera do Sol podem formar-se, a qualquer momento, buracos coronais que aparecem, normalmente, como manchas escuras nas imagens captadas com recurso a raios ultravioleta e raios-X. São partes mais frias e menos densas da estrela que permitem que o vento solar escape mais facilmente para o espaço. O material solar pode viajar a velocidades de até 2,9 milhões de quilómetros por hora, segundo o Exploratorium, um museu de ciências em São Francisco, nos EUA.
Este fenómeno acontece mais frequentemente durante o período de mínimo solar, refere o jornal The Independent. Atualmente, estamos em direção ao período de máximo solar, onde a atividade do Sol aumenta de intensidade, que deve chegar por volta de 2025.
Ainda de acordo com o jornal britânico, os cientistas têm alertado para o impacto mais regular e mais prejudicial do clima espacial na vida da Terra.
A escala da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA para tempestades solares começa em G1, chamada de “menor” e pode ir até G5, uma tempestade geomagnético “extrema” que pode causar problemas nos sistemas energéticos, nas naves espaciais, sinais de rádio e navegação por satélite.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL