O clássico cara ou coroa, utilizado para decisões rápidas em jogos, desportos ou até no dia a dia, sempre foi considerado um método imparcial e justo. A ideia de que existe uma probabilidade de 50/50 para a moeda cair de um lado ou do outro é amplamente aceite. Contudo, uma nova investigação científica desafiou esta noção, revelando que o lançamento de uma moeda não é tão equilibrado quanto se pensava.
Um estudo liderado por Persi Diaconis, professor de Matemática e Estatística na Universidade de Stanford, mostrou que a moeda tem uma ligeira tendência a cair do mesmo lado em que começou. Ou seja, se a moeda for lançada com a “cara” virada para cima, existe uma probabilidade um pouco maior de que ela caia com a “cara” novamente virada para cima. “De acordo com o modelo de Diaconis, a precessão faz com que a moeda passe mais tempo no ar com o lado inicial voltado para cima”, explicam os cientistas.
Os primeiros testes de cara ou coroa, realizados por Diaconis e a sua equipa, analisaram um conjunto de jogadas de moeda, concluindo que há uma probabilidade de 51% de a moeda aterrar no mesmo lado em que começou. No entanto, uma segunda equipa elevou a fasquia e analisou 350.757 jogadas de moeda, realizadas por 48 pessoas utilizando 46 moedas diferentes. Surpreendentemente, o resultado final indicou uma chance de 50,8% para que a moeda termine do mesmo lado em que começou.
Embora a diferença pareça insignificante, a longo prazo, este pequeno viés pode trazer resultados interessantes. Como apontam os investigadores, se uma pessoa apostasse com base no lado inicial de uma moeda, em 1.000 jogadas, poderia ganhar 19 dólares a mais do que numa aposta com probabilidades iguais. Esta ligeira vantagem pode não ser suficiente para mudar o destino de um grande evento, mas, como qualquer apostador sabe, cada pequena vantagem conta.
Portanto, da próxima vez que lançar uma moeda, lembre-se: a sorte pode não ser tão aleatória quanto parece.
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