O projeto Neuro SDR é avançado pela Universidade Católica e pelo Hospital São João, no Porto, que testaram 38 doentes da neurologia ao longo de seis anos. Nos pacientes com um diagnóstico inicial inconclusivo, a ferramenta identificou os que vieram a desenvolver Alzheimer.
A recolha da atividade elétrica do cérebro é feita através de uma touca com 19 elétrodos, num processo simples e sem dor. Os dados são depois analisados através de uma ferramenta que recorre à inteligência artificial.
A tecnologia, embora não consiga determinar quando é que o paciente vai desenvolver Alzheimer, tem uma taxa de sucesso de 98%, de acordo com Pedro Miguel Rodrigues, que lidera o projeto.
O objetivo é que esta ferramenta possa ser usada em ambiente clínico e ajudar médicos no diagnóstico desta e de outras doenças que afetam o sistema nervoso central.
A equipa está também a aplicar este método à doença de Parkinson, com resultados promissores e que devem ser publicados em revistas científicas brevemente.
A doença de Alzheimer provoca uma perda progressiva e irreversível das funções cognitivas e é a forma de demência mais frequente.
Pedro Miguel Rodrigues explica que, embora a medicação disponível atualmente ainda não altere o curso da doença, a esperança é que a ciência descubra formas de travar ou retardar os sintomas.
Nesse sentido, estas ferramentas poderão vir a ser úteis para melhorar a qualidade de vida dos doentes, ao possibilitar um diagnóstico ainda antes de haver sintomas.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL