O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, afirmou este domingo que, se ganhar as legislativas de 18 de maio, o partido irá baixar os impostos para famílias e empresas, para “romper com a estagnação económica” em Portugal.
Em Braga, na abertura do Conselho Nacional da IL, Rui Rocha acusou o Governo da AD – Aliança Democrática (PSD/CDS-PP) de ter aumentado ainda mais a carga fiscal, que, acrescentou, já tinha atingido o recorde com os executivos do socialista António Costa.
“Nós tínhamos cargas fiscais recorde com os governos de António Costa. Pois eis que saíram há poucos dias os dados da carga fiscal 2024 e o que é que aconteceu? A carga fiscal subiu”, apontou.
Para Rui Rocha, só a IL tem a coragem, a capacidade e a visão de dizer que, para crescer, o país precisa de mais liberdade económica e de baixar os impostos aos portugueses.
“E nós faremos isso”, vincou.
Recuando aos governos de António Costa, o dirigente aludiu a um Estado “sempre a impedir o desenvolvimento e a liberdade económica das pessoas e das empresas”, fruto da burocracia e da carga fiscal.
“A realidade é que nós sabemos o que o PCP, o Bloco de Esquerda e o PS fizeram em legislaturas passadas ao país […]. Mas se tudo isto é verdade, é verdade também que a AD fez muito pouco para reverter esta situação. E, portanto, a Iniciativa Liberal é a única proposta de mudança real para mudar aquilo que tem de ser mudado”, referiu.
Além do crescimento económico, o programa eleitoral do partido vai assentar na modernização do Estado e na recuperação da confiança nas instituições.
Neste aspeto, Rui Rocha garantiu que a campanha da IL será focada na apresentação de propostas para o país, deixando de lado “a pequena política” dos casos, dos cartazes e das pessoas.
“Falam dos casos de Luís Montenegro e eu quero falar da vida dos portugueses. Falam das empresas de Luís Montenegro e eu quero falar de como as empresas portuguesas podem crescer. Falam do dinheiro de Luís Montenegro e eu quero falar do dinheiro que fica ou não no bolso dos portugueses no final do mês. Falam da formação dos filhos de Luís Montenegro e eu quero falar da educação dos filhos dos portugueses. Falam da atividade económica dos filhos de Montenegro e eu quero falar do futuro profissional dos filhos dos portugueses”, afirmou.
Ganhar as eleições de 18 de maio, indicou, é o objetivo da IL, mas com base nas suas propostas e não “nas falhas dos outros”
“Eu quero ganhar as próximas eleições para a Iniciativa Liberal, mas quero ganhar essas eleições pelo nosso mérito, pelas nossas pessoas, pelas nossas ideias, pela nossa visão para o país […]. Eu não quero ganhar umas eleições com base na falha dos outros. Eu quero ganhar estas eleições porque estou convencido de que nós temos os melhores candidatos, os melhores cabeças de lista e o melhor programa eleitoral para apresentar aos portugueses”, acrescentou.
Na questão da modernização do Estado, Rui Rocha quer mais eficácia, mais eficiência e mais transparência, em nome de uma “máquina” mais leve e ágil.
“Um Estado pesado impede-nos de caminhar mais rápido, impede-nos de correr, impede-nos de acelerar. É por isso que nós queremos trazer eficácia e eficiência ao Estado português”, disse.
Na sua perspetiva, é necessário olhar para o desempenho dos funcionários públicos e premiar o mérito.
“Os funcionários públicos têm de ter direito a ser avaliados pelas suas competências, pelos seus resultados e por aquilo que entregam ao país. E é inadmissível que esses que têm resultados, que produzem, contribuem para o país cheguem ao fim do mês e ganhem o mesmo do que aqueles que nada fazem”, sublinhou.
Rui Rocha considerou que nas últimas legislativas o partido foi penalizado pelo voto útil, mas manifestou-se convencido de que, desta vez, o voto dos portugueses será “liberal”.
Nas legislativas de maio, Rui Rocha será cabeça de lista pelo círculo de Braga, cidade de onde é natural.
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