Nasci na capital do Algarve, cresci entre a Serra no Sotavento e o Litoral no Barlavento, estudo na Universidade do Algarve e é na minha Região que quero continuar a sonhar.
Saí do conforto do meu sofá e aderi recentemente ao LIVRE porque não consigo mais ficar indiferente à apatia face – e estou a medir muito bem as minhas palavras – uma grave crise social e ambiental que assola a minha Região e que se tem vindo a agravar cada vez mais.
Nos últimos anos nós, os algarvios, somos confrontados com várias notícias referindo que “os Lucros da Hotelaria do Algarve atingiram um novo valor recorde” e que somos uma Região rica, uma vez que o Produto Interno Bruto (PIB) da Região está acima da média nacional.
E – pergunto – o que é que os algarvios têm recebido em troca do seu trabalho e do seu esforço?
Viver na Região com o salário médio mais baixo de Portugal Continental, são 188€ abaixo da média nacional. Viver na Região do País onde é mais difícil comprar casa. Viver numa Região que apresenta índices de pobreza mais elevados do que a média nacional: uma maior privação material e social e um maior abandono escolar precoce.
Estes são dados do Plano de Desenvolvimento Social do Algarve (PDSA), publicado no mês passado, que também indica uma estimativa de 10 mil crianças a viver em pobreza extrema. São dados que nos devem fazer refletir se é este o país desigual que queremos.
Os algarvios encontram-se amarrados a uma grande dependência da Economia a apenas um setor – o Turismo – cujo tecido empresarial é frágil e cuja oferta de trabalho é marcada pela sazonalidade e pela precariedade laboral de trabalhadores independentes, de contratos a prazo e a tempo parcial.
Assim, o Algarve é um exemplo claro de que não podemos ficar à espera de um mercado que se autorregule, mas que o Estado deve ter um papel essencial estratégico de investimento público para promover a diversificação de setores na Economia. O potencial de desenvolvimento do Algarve não pode continuar a ser adiado.
Os nossos decisores políticos falam-nos da seca e da falta de água como se fossem problemas inesperados e tomam medidas que penalizam mais os que menos culpa têm. Ameaçam o cidadão comum com multas e o pequeno agricultor com cortes caso não reduzam o seu consumo de água, mas continuam a promover a construção de mais campos de golfe sem sistemas de reutilização de águas; continuam a “deixar passar” a plantação de mais hectares de abacates em áreas protegidas e continuam a perder 30% da água nas condutas por não fazerem o investimento público necessário para uma gestão hídrica mais eficiente.
Há mais de 20 anos que, em todas as Eleições Legislativas, é prometido à população do Algarve por diversos Partidos a melhoria significativa do Serviço Público de Saúde com a construção do novo Hospital Central do Algarve. Novas eleições, repetem-se promessas, e nada acontece: o terreno continua baldio. Esta história já parece o “Pedro e o Lobo”, de Esopo, já ninguém acredita.
O Algarve sente-se esquecido pelo Poder Central e, como agravante, parece que há outros Partidos que consideram que não há algarvios que sejam suficientemente capazes para ser a voz das suas gentes, impingindo-nos cabeças-de-lista vindos de Cascais, de Portalegre e de Bruxelas, anunciando que, como por magia, conhecem o Terreno e as necessidades da Região.
Quando o Estado é ausente, os representantes não representam e as pessoas começam a sentir que o País falhou com elas, é quando aparecem os “abutres do Sistema”, que se alimentam da degradação das Instituições Democráticas.
Mas não, não nos podemos esmorecer e resignar ao atual estado das coisas. Sei que vivemos tempos difíceis e exigentes, mas também sei que tem de haver um caminho de esperança para o Futuro!
É por tudo isto que me juntei ao LIVRE: porque acredito que o LIVRE é um partido diferente, de construção partilhada entre representantes e representados, que corporiza um novo virar de página, um novo modelo de desenvolvimento para o País que tanto gostamos.
Porque é um Partido que sabe que não se constrói um Futuro sem todos incluindo os Jovens, que não quer que emigrem, que quer que acreditem que é possível cumprir os seus sonhos cá em Portugal, assim como é um Partido que sabe que “Proteger e alargar o direito à habitação” tem de ser um desígnio nacional prioritário, com a promoção de construção de habitação pública e cooperativa, propondo também assegurar apoio à compra da primeira casa, ajudando ao financiamento de 100% do valor do imóvel, incluindo os Capitais Próprios que a Banca exige.
É um Partido que acredita na Regionalização democrática como impulsionador de desenvolvimento das Regiões do país – e tanto que o Algarve precisa da concretização da Regionalização!
É um Partido que acredita que é possível substituir uma política cinzenta, da mentira, do ódio e da desinformação por uma política colorida, da verdade, da empatia e do conhecimento!
Serei o cabeça-de-lista do LIVRE pelo Algarve às Eleições Legislativas antecipadas de 2024, com muita vontade de levar a voz dos algarvios na Assembleia da República!
Biografia
Rodrigo Teixeira, 30 anos, é natural de Faro e é estudante finalista do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas na Universidade do Algarve. Foi na UAlg que surgiu o interesse pelo associativismo estudantil, onde foi Presidente da Direção-Geral da Associação Académica (AAUAlg) por 2 mandatos e foi representante dos Estudantes no Conselho Geral da UAlg, órgão máximo da Universidade.
A nível nacional, foi representante nacional dos estudantes do Ensino Superior no Conselho Consultivo da Juventude (CCJ) e no Conselho Consultivo do IPDJ. Foi Diretor de Política Educativa da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) e fez parte da Comissão Política do Fórum Nacional de Estudantes de Saúde (FNES).
Será candidato como cabeça-de-lista do LIVRE pelo Círculo de Faro às Eleições Legislativas de 2024.
No âmbito do Ciclo Unidos pela Democracia, organizado pelo Europe Direct Algarve, para informação/reflexão sobre as Eleições Europeias 2024 , EU e a Política convida à partilha de testemunhos pessoais! As perguntas subjacentes são: quem és e de onde vens? O que te levou à politica ativa ou não levou? Como? Porquê? O que te move?
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