O primeiro “Cancioneiro da União Europeia”, que reúne 164 canções dos 27 Estados-membros, seis das quais portuguesas, foi esta terça-feira editado, nove anos depois de ter começado a ser preparado. No livro, as canções são apresentadas em partitura para voz solo, com acordes, e as letras estão escritas nas 25 línguas originais, que abrangem três alfabetos, e têm tradução em inglês.
Em 2018 estiveram a voto 60 canções portuguesas e as mais votadas, por 2666 pessoas, foram: “Amar pelos dois”, (Amor), “Canção do Mar” (Natureza e Estações), “Grândola, Vila Morena” (Liberdade e Paz), “Malhão, malhão” (Populares e Tradicionais), “Foi Deus” (Fé e Espiritualidade) e “A Loja do Mestre André” (Canções infantis). Entre os temas de outros países que figuram no “Cancioneiro da União Europeia” estão “‘O sole mio”, de Itália, “Ave Maria” e “Au clair de la lune”, de França.
As 60 canções portuguesas que estiveram a votos tinham sido nomeadas por membros da comunidade musical portuguesa – em particular Associação Portuguesa de Educação Musical (APEM), Associação Musical Lisboa Cantat, Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança, da Universidade Nova de Lisboa, e a Academia de Música de Lagos.
“Há mais de 50 anos que nós, os cidadãos europeus, trocamos coisas físicas: carvão, peixe e outros produtos. O intercâmbio cultural, por outro lado, limitou-se até agora ao desporto – Liga dos Campeões – e a um único concurso de música – a Eurovisão. Sentimos que chegou a hora de criarmos um símbolo comum mais duradouro, um livro de canções”, lê-se no ‘site’ do projeto.
O cancioneiro foi criado com a participação de mais de cem organizações musicais e conservatórios de música, e através de votações públicas que mobilizaram mais de 87 mil cidadãos de toda a União Europeia.
O projeto “Cancioneiro da União Europeia” foi distinguido pelo Parlamento Europeu com o Prémio de Cidadania Europeia 2023.
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