O treinador do Farense disse esta quinta-feira que o Estádio Algarve deverá ser sempre fator de motivação para a sua equipa na receção de sexta-feira ao Sporting, da I Liga de futebol, mesmo com maior apoio ‘leonino’ nas bancadas.
“É no Estádio Algarve, é lá que nós temos de dar o nosso melhor, alhear-nos de alguns fatores que nos possam… não direi prejudicar, mas tentar que sejam de motivação para nós”, referiu José Mota, em conferência de imprensa, em alusão à possibilidade de haver mais adeptos do Sporting no recinto.
O técnico lembrou que com o período de férias no Algarve “muita gente de todas as zonas do país” vai estar presente e admitiu que, “eventualmente”, o Sporting possa ter mais adeptos nas bancadas.
“Vamos agarrar-nos com certeza a tudo isso para nos tornarmos mais fortes e para fazermos com que o adversário possa ter algumas dificuldades”, afirmou, ressalvando que, se o estádio estivesse “metade-metade”, já seria “extremamente motivante” para o Farense.
José Mota assinalou que o Estádio Algarve “é um grande palco” e recordou “as excelentes prestações” dos algarvios na época passada nos terrenos de Sporting, FC Porto e Benfica, em que conseguiu manter o resultado “uma incógnita até ao final do jogo”, chegando mesmo a empatar na Luz (1-1).
A SAD algarvia, liderada por João Rodrigues, decidiu, a partir desta temporada, receber no Estádio Algarve os chamados três ‘grandes’ do futebol português – Sporting, Benfica e FC Porto –, o que justificou com razões financeiras e de segurança.
O recinto, propriedade dos municípios de Faro e Loulé, e situado na fronteira dos dois concelhos, tem uma lotação de mais de 20 mil espetadores, o triplo da capacidade do Estádio de São Luís, que continuará a ser palco das restantes partidas caseiras do Farense na I Liga.
Em relação ao Sporting, José Mota considerou que, com a goleada da ronda anterior no reduto do Nacional (6-1), a equipa orientada por Rúben Amorim, que já vem de “muitas épocas” a “trabalhar sobre este modelo de jogo”, mostrou estar “com grande confiança”.
“Embora não tivesse começado bem o seu ‘campeonato’, porque no jogo da Supertaça [derrota com o FC Porto por 4-3, após prolongamento] também teve alguns dissabores. Isto também serve de atenção para nós percebermos que, independentemente de ser uma equipa muito, muito forte, também tem os seus pontos fracos, que nós teremos de saber explorar”, sublinhou.
O Farense deve “tentar ser sereno, tentar ser organizado”, explicou o treinador, acrescentando: “Em muitas fases de jogo o adversário vai-nos fazer sofrer e nós temos de ter esses níveis de concentração sempre muito elevados”.
Apesar dos dois desaires nas duas primeiras jornadas do campeonato, José Mota salientou que os algarvios têm tido “um crescimento” no nível de jogo praticado, justificando que “o entrosamento demora” porque ainda “há muita gente nova que chegou”.
Farense, 15.º classificado da I Liga, ainda sem pontos, e Sporting, líder, com seis pontos, defrontam-se na sexta-feira às 20:15, no Estádio Algarve, com arbitragem de Tiago Martins, da associação de Lisboa.
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