Para sua segurança e dos seus dados pessoais, damos-lhe a conhecer 11 documentos que deve rasgar por completo antes de deitar fora.
Se tem por hábito deitar fora, despreocupadamente, as suas cartas e recibos, este artigo é para si. Se não costuma preocupar-se com questões como roubo de identidade, talvez esteja na altura de ter mais atenção. Há documentos que deve rasgar antes de deitar fora, até porque o conhecimento e posterior utilização dos seus dados pessoais por outra pessoa pode ter consequências graves.
O roubo de identidade pode acontecer através de um simples documento que contenha os seus dados pessoais ou informações sobre as suas contas bancárias. Poderão existir mais documentos do que estes que aqui vamos enumerar, pelo que, em regra, deverá sempre verificar se as cartas ou recibos contêm dados que o possam identificar. Na dúvida, rasgue.
O ideal seria utilizar uma máquina de destruição de papel, mas como não é um equipamento comum nas nossas casas, ao rasgar ou destruir assegure-se que a informação fica cortada.
1. Extratos bancários
O seu extrato bancário contém o seu nome, morada e número da conta bancária, mostrando também quanto saldo tem no seu banco. Trata-se assim de um documento que deve destruir em pequenos pedaços, e de preferência deitar fora em dias diferentes.
2. Extratos do cartão de crédito
Pela mesma razão que o extrato bancário, tem informação pessoal, bem como o número do seu cartão de crédito. Assim, deve destruí-lo em pedaços pequenos.
3. Cartão de embarque
A não ser que guarde os seus cartões de embarque como recordação das suas viagens, estes fazem parte da lista de documentos que deve rasgar antes de deitar fora. O código de barras disponibiliza toda a sua informação pessoal, bem como o registo de localização e até a frequência com que costuma viajar.
4. Receitas médicas
Apesar do número de receitas eletrónicas já representar a quase totalidade do receituário em Portugal, as prescrições médicas em papel ainda existem. E muitas vezes, para facilidade, pedimos que nos imprimam a receita eletrónica. Antes de deitá-las fora, certifique-se que as rasga convenientemente, uma vez que estes documentos contêm os seus dados pessoais e médicos, bem como códigos de dispensa dos respetivos medicamentos.
5. Recibos e faturas
Basta abrir a carteira para encontrar dezenas de faturas e recibos completamente perdidos (alguns já gastos do tempo) das suas idas ao supermercado, lojas de roupa ou ao restaurante. Estes papéis podem conter parte da sua informação pessoal, como por exemplo o número de contribuinte (NIF).
6. Curriculum Vitae (CV)
Não deve desfazer-se dos seus currículos sem antes destruí-los de forma a ocultar todos os seus dados. Afinal de contas, os CVs contêm todo o seu registo académico e profissional, além da sua informação pessoal.
8. Cartões de débito e crédito caducados
Os cartões cuja validade já terminou são outros documentos que deve destruir antes de deitar fora. Corte-os. Cair em mãos erradas pode ser meio caminho para fraudes com a sua utilização.
9. Fotocópias de documentos de identificação
Sempre que fizer uma cópia do seu cartão de cidadão ou passaporte e não a use, e o seu destino seja o lixo, tenha cuidado, rasgue-os de forma a que não possam ser reconstruídos.
10. Correspondência recebida
Cartas de seguros, contas da água, luz ou mesmo de uma associação para a qual contribui têm o seu nome e morada. São, assim, mais alguns dos documentos que, antes de deitar fora, deve rasgar.
11. Autocolantes de encomendas
Quando recebe uma encomenda, na etiqueta constam os seus dados pessoais como nome e morada. Nalgumas até consta o seu número de telefone para lhe poderem ligar caso não consigam fazer a entrega.
Ainda dentro do mesmo tópico, é importante fornecer uma breve noção sobre o conceito de dados pessoais. Os dados pessoais são, de acordo com o Diário da República, “qualquer informação, de qualquer natureza e independentemente do respetivo suporte, incluindo som e imagem, relativa a uma pessoa singular identificada ou identificável («titular dos dados»); é considerada identificável a pessoa que possa ser identificada direta ou indiretamente, designadamente por referência a um número de identificação ou a um ou mais elementos específicos da sua identidade física, fisiológica, psíquica, económica, cultural ou social.”, explícito na alínea a) do artigo 4.º).
Consideram-se assim dados pessoais, por exemplo, o nome e apelido, a morada, um endereço de correio eletrónico, o número do cartão de identificação, um endereço IP, os dados médicos, entre outros. Mas também podem ser dados genéticos, físicos ou económicos que permitam identificá-lo.
Para além dos seus dados pessoais, cujo conhecimento indevido por terceiros pode levar a roubo de identidade, existem ainda outras informações que deve proteger, por exemplo as de carácter financeiro, como o número da sua conta bancária, os códigos do seu homebanking, os PINs dos seus cartões de débito e crédito, etc.
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