Mais de 100 médicos de medicina geral e familiar reuniram-se nos dias 28 e 29 de Outubro no 2º Encontro de Médicos de Família do Algarve, organizado pela Delegação Distrital de Faro da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), em Vilamoura, durante o qual trocaram experiências e conhecimentos no âmbito da promoção da saúde e reflectiram sobre o papel dos médicos de família e dos cuidados de saúde primários como factores essenciais para o reforço da confiança no Serviço Nacional de Saúde.
Na sessão de abertura, o presidente do Conselho Directivo da ARS Algarve, Moura Reis, enaltecendo o profissionalismo e a dedicação de todos os profissionais de saúde da Região, destacou a aposta no reforço do número de médicos de Medicina Geral e Familiar na Região em 2016, que tem “permitido diminuir significativamente a percentagem de utentes sem médico de família”, sendo que “actualmente cerca de 80% da população do Algarve tem médico de família atribuído”, disse, citado em comunicado publicado na página da ARS Algarve na internet.
No decorrer da cerimónia de abertura, que contou com a presença do presidente da Secção Regional do Sul da Ordem dos Médicos, Jaime Teixeira Mendes, da representante do Conselho Distrital do Algarve da Ordem dos Médicos, Susana Costa Pereira, do coordenador do Internato Médico de MGF do Algarve, João Paulo Almeida e da delegada distrital de Faro da APMGF, Daniela Emílio, o presidente da ARS Algarve realçou a importância deste tipo de iniciativas “não só para reforçar os elos profissionais mas também as relações pessoais”, sublinhando que “só assim é possível maximizarmos a qualidade e a eficiência da prestação de cuidados de saúde à população e renovarmos a nossa própria motivação”.
Na sua intervenção, Moura Reis, lembrando que “o grande desafio com o qual nos temos debatido no Algarve tem sido a dificuldade estrutural em fixar médicos na região”, explicou que o paradigma está a mudar e que “o ministério da Saúde, em articulação com a Administração Regional de Saúde do Algarve, tem vindo a implementar nos últimos meses uma estratégia estruturada, responsável e rigorosa com vista a aumentar a capacidade de resposta dos cuidados de saúde de proximidade na região”.
O esforço para reforçar os recursos humanos não só na área médica e de enfermagem assim como em todas as outras áreas, aliado à “aposta na formação com o alargamento de vagas para o internato nas unidades de saúde da região”, e “a aposta na área da investigação com a criação do Centro Académico do Algarve, numa parceria entre o Centro Hospitalar do Algarve e a Universidade do Algarve”, foram alguns dos exemplos destacados pelo presidente da ARS Algarve para que “num futuro próximo possam contribuir para a fixação de mais médicos na região e desta forma “contribuir para reforçar a confiança no SNS”.
O doente oncológico na consulta de Medicina Geral e Familiar, o diagnóstico da DPOC, a Obesidade na saúde infantil, a Imunidade à Toxoplasmose em grávidas de uma USF, a abordagem da hipertensão refratária, a prevenção da hipertensão arterial e o tratamento das otites foram alguns dos temas que estiveram em debate ao longo dos dois dias nos diversos painéis, que contaram com a participação de profissionais de saúde das unidades de saúde de todo o país.