“Continuar a acelerar a vacinação”, “garantir o acesso aos testes” e considerar a utilização de “algumas medidas de contenção” são as três frentes defendidas pela ministra da Saúde face ao aumento do número de casos de covid-19 em Portugal.
Marta Temido reconheceu esta segunda-feira que o país está em contraciclo face a outros países, com maior incidência de casos e um risco efetivo de transmissão elevado, “de 1,19”, pelo que entende ser necessário “ir avaliando” a situação, “pedindo o apoio de todos”, sem afastar a necessidade de serem “usadas algumas medidas de contenção” – como as aplicadas este fim de semana na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Sobre a predominância da variante Delta, a governante disse estar em causa a necessidade de “ganhar tempo”. Já é a que tem mais peso na região de Lisboa e poderá predominar no resto do país, o que obriga a acelerar a vacinação, “para que as novas variantes cheguem a outras zonas com as pessoas já vacinadas”.
Marta Temido sublinhou que a semana passada foi “a melhor em termos de vacinação”, estando a equipa da task force a trabalhar para que em julho seja possível a administração diária de “mais de 130 mil vacinas”.
“É uma batalha que ainda vai ser longa e estamos todos convocados”, concluiu.
Em resposta aos jornalistas na cerimónia da tomada de posse da Associação de Farmácias, a ministra da Saúde garantiu que os “inquéritos epidemiológicos estão a ser realizados dentro dos tempos com os quais assumimos compromisso de qualidade de resposta”, afastando qualquer problema com a capacidade de resposta do sistema de saúde ou dos rastreios. O problema, disse, “é o de ainda não conhecermos todos os efeitos da doença em gente jovem no médio e longo prazo”.
Quanto ao recuo em matéria do autoagendamento – estava previsto que as pessoas a partir dos 35 anos o pudessem fazer a partir desta segunda-feira, mas apenas será possível para as maiores de 37 -, a ministra da Saúde justificou a decisão pelas vantagens de gestão do processo.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso