A redução do valor das portagens que entrou em vigor na Via do Infante (A22) e nas autoestradas do interior no dia 1 de Agosto, permitiu aos utilizadores, no primeiro mês, uma poupança de “muitas centenas de milhar” de euros, disse esta quinta-feira Pedro Marques, ministro da Planeamento e das Infraestruturas, em Tavira.
À margem da sessão de abertura da quarta edição da Feira da Dieta Mediterrânica em Tavira, Pedro Marques estimou que, anualmente, os utilizadores da A22 venham a poupar cerca de 15 milhões de euros. “A nossa estimativa é que nas auto-estradas onde reduzimos as portagens haja uma eventual perda de receita para o estado, o que quer dizer menos pagamento por parte dos cidadãos na ordem dos 15 milhões de euros por ano”.
O ministro reconhece que a redução de 15% podia ter sido maior mas prefere manter “os pés na terra”. “Algumas pessoas disseram que era pouco e que queriam mais, eu reconheço e percebo isso mas as coisas têm de ser feitas com sustentabilidade”, disse Pedro Marques, adiantando que esta “é a redução que se pode ter, mantendo o equilíbrio das contas da Infraestruturas de Portugal e das contas públicas”.
O governante garante que cumpriu o que foi prometido e que em breve fará, de “forma integrada”, o “balanço do primeiro mês das poupanças”. “Cumprimos o nosso compromisso de haver uma redução das portagens, redução essa que já impactou no mês de Agosto, onde já houve mais circulação na A22 do que no período equivalente do mês passado”.
“No fim das contas, as pessoas têm uma redução do custo com a mobilidade”, algo que o ministro do Planeamento e das Infraestruturas considera um “factor positivo” e que se traduz em “cerca de 15 milhões de euros que ficam no bolso dos portugueses”, dependendo do aumento de tráfego associado ao facto de “as portagens serem agora mais baixas”.
Esta poupança significa, ao mesmo tempo, uma redução da receita do Estado, porém “sustentável e equilibrada”.
Espanha – Algarve
O sistema de entrada dos espanhóis na A22 foi outra das questões abordadas por Pedro Marques, que não deixou de referir o trabalho feito pelo Governo no sentido de “facilitar e melhorar” a “imagem negativa”.
“Fizemos um esforço muito grande este ano e acho sinceramente que as coisas correram muito melhor do que no ano passado, quanto à questão da entrada dos turistas espanhóis no Algarve através da Via do Infante”
O ministro referiu ainda o número de pessoas disponíveis no posto de fronteira para “facilitar e agilizar” o processo.
“Os tempos de espera que tivemos na questão da cobrança de portagens diminuíram significativamente mas evidentemente não devemos estar satisfeitos com o que atingimos”, concluiu o governante.
(Com Henrique Dias Freire)