O aumento das burlas informáticas é uma realidade inegável em Portugal e em todo o mundo. As artimanhas dos burlões estão em constante evolução, e uma das mais comuns é o “vishing,” que envolve chamadas telefónicas fraudulentas. Recentemente, um banco em Portugal viu-se obrigado a repor o saldo de uma cliente que foi alvo desta forma de burla por telefone.
O “phishing” continua a ser uma das técnicas mais utilizadas pelos burlões na área da cibersegurança. Dentro desta técnica, existem várias variações, incluindo o “smishing” (mensagens de texto fraudulentas) e o “vishing” (chamadas telefónicas fraudulentas).
Segundo o Jornal de Notícias, a Caixa de Crédito Agrícola do Guadiana Interior foi condenada a pagar 44 mil euros a uma cliente que foi enganada ao telefone por uma burlona. A alegada burlona apresentou-se como funcionária do banco e demonstrou conhecimento sobre o saldo e outros dados da cliente, convencendo-a a fornecer códigos pessoais com o pretexto de a salvar de um alegado crime.
Durante a chamada, a vítima foi informada de que estava prestes a perder quase 40 mil euros que tinha na sua conta. A interlocutora, que mais tarde se veio a revelar como burlona, ligou para a cliente alegando que estava a tentar evitar essa transferência de dinheiro. A vítima acabou por enviar os seus códigos por SMS, e em questão de minutos, a sua conta ficou com saldo zero.
O tribunal concluiu que houve uma falha do banco que permitiu a alguém fazer-se passar por funcionária, revelando assim uma falta de mecanismos de segurança eficazes no sistema de “homebanking” do banco. Além disso, o banco não conseguiu provar que a cliente tinha dado consentimento explícito para a execução da transferência em questão.
Como resultado, o tribunal determinou que o banco deveria “reembolsar imediatamente” a vítima. Os juízes enfatizaram que, se a Caixa de Crédito Agrícola do Guadiana Interior oferece um serviço de “homebanking,” é da sua responsabilidade implementar sistemas de segurança que impeçam terceiros de acederem aos dados pessoais dos clientes.
Este caso destaca a importância da segurança e da consciência dos consumidores no mundo digital em constante evolução. Deve estar informado para evitar cair na burla por telefone, sendo que bancos têm a responsabilidade de garantir proteção aos seus clientes.
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