O município de Tavira tem vindo, nos últimos meses, a dar seguimento à estratégia de reabilitação da rede viária nas seis freguesias do concelho.
Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira, adianta que o investimento disponibilizado para a requalificação das estradas do concelho é “superior a 3,5 milhões de euros”, proveniente de “capitais totalmente municipais sem comparticipação comunitária nem recurso a financiamento bancário”.
“O que estamos a fazer é reabilitar totalmente eixos viários centrais na mobilidade do concelho de Tavira para que a ligação às freguesias do interior possa ser feita com maior qualidade”, explica o autarca.
Entre as intervenções previstas no âmbito da estratégia de reabilitação da rede viária estão as pavimentações em Luz de Tavira e Santo Estêvão, em Cachopo, na estrada entre Livramento e Belmonte e em vinte e duas ruas da cidade, depois de 18 já requalificadas anteriormente.
O melhoramento no acesso a Cabanas, a reabilitação na Rua da Estação na Conceição, as beneficiações no Bairro do Livramento e a obra de reparação entre Beliche de Baixo e Portela da Corcha também estão entre as melhorias agendadas pela autarquia, cujo presidente diz não se tratar de “tapar buracos” mas sim de “fazer pavimentação integral e uniforme de troços completos de estrada”.
“O que está a acontecer em Tavira é uma melhoria muito substancial de recuperação de muitos anos de atraso na intervenção das estradas e penso que vai ser muito bom para as populações locais”, sublinha Jorge Botelho, que garante estar a ir “muito para além daquilo que foi escrito no programa eleitoral”.
Inicialmente estavam identificadas quatro intervenções na rede viária do concelho que “mais do que quadruplicaram”.
O presidente da autarquia afirma que estas obras de requalificação são “prioritárias”, dada a “importância para a mobilidade e para fins estratégicos”, uma vez que “posicionar o município de Tavira no âmbito do cycling e do walking” é também um dos objectivos.
O presidente da Câmara de Tavira garante que as obras de requalificação no concelho são para continuar, nomeadamente na reabilitação do edificado, dos equipamentos desportivos, das habitações sociais, do património histórico e cultural e da rede viária.
“Estamos a olhar diferenciadamente para as necessidades, a identificá-las como prioridades e a resolver os problemas com estas requalificações que vêm dar uma qualidade muito grande às instalações e aos equipamentos do município de Tavira”, conclui o autarca.
Ponte militar, Castelo e escolas do 1º ciclo alvos de intervenção do município
De referir que a ponte militar, que há 25 anos assegura o tráfego automóvel entre as margens do Rio Gilão, vai ser removida para dar lugar a uma nova infra-estrutura “já em 2017”, garante Jorge Botelho.
“Trata-se de uma obra estruturante para uma cidade dividida por um rio e onde queremos que ambas as margens se desenvolvam de forma complementar”, afirma.
Na sequência da preocupação do município de Tavira com a preservação do património da cidade, o Castelo irá receber, “dentro das próximas duas semanas”, guardas de protecção em toda a extensão das muralhas e escadarias. Esta é uma solução “que vem colmatar uma necessidade que tem mais de 30 anos”, afirma o presidente.
As obras previstas estendem-se aos estabelecimentos de ensino e incidirão nas escolas EB1 de Cabanas, EB1 D. Manuel I e Jardim de Infância, EB1 nº 1 de Tavira, EB1 Horta da Carmo e Jardim de Infância, EB1 de Luz de Tavira e EB1 de Santa Luzia.
(Com Ricardo Claro)