A primeira medida que a candidata socialista promete adoptar, se eleita, é a de determinar uma auditoria à autarquia.
Fátima Matos considera que em Silves “em quatro anos não aconteceu nada”.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Fátima Matos (FM): Candidato-me porque o concelho de Silves necessita urgentemente de uma mudança, de um rumo, de um futuro, de um projecto que devolva a confiança às pessoas e que reforce a credibilidade das instituições. Candidato-me porque, sendo mãe de dois filhos, quero que eles tenham aqui as mesmas oportunidades que têm noutros concelhos. Candidato-me porque continuo a ver gente sem casa, sem trabalho e sem rendimentos, gente que continua a ser desvalorizada e que não tem os apoios adequados. Candidato-me porque vivo num concelho onde os idosos e pensionistas vivem isolados e ignorados. Candidato-me porque, agora como nos anos 60, os jovens saem de Silves e não regressam porque simplesmente não podem regressar pois não têm emprego, não têm habitação.
Candidato-me porque acredito que a nossa equipa pode aproveitar as referências de excelência do nosso concelho: o património ambiental e paisagístico único, os recursos naturais e culturais únicos, e trazer de volta gente com iniciativa e dinamismo cultural, desportivo, económico e social que teve que sair daqui para ter um futuro. Gente que saiu do concelho de Silves e que com o seu trabalho, enriqueceu e desenvolveu os outros concelhos. Candidato-me porque só com o projecto do PS são criadas as condições para fazer a mudança necessária à inovação, ao progresso, ao futuro. Candidato-me porque quero viver num concelho onde a igualdade de oportunidades seja uma realidade. Candidato-me porque é preciso criar condições de investimento para investidores, para homens e mulheres com iniciativa dando respostas com celeridade, de forma eficaz para ser eficiente.
Sob o lema #SilvesMelhor a candidatura encabeçada por mim nasce da vontade de colocar o município de Silves na rota do desenvolvimento, devolvendo a esperança ao município através da implementação de um programa assente na Coesão Social, na criação de Emprego, na captação de Investimento, com Transparência, Participação e em Democracia. Para tal conta com uma equipa de mulheres e homens, conhecedores das realidades do concelho, que abraçam esta causa com o desejo e a vontade de melhorar a qualidade de vida das nossas populações.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
FM: Somos um concelho isolado, que regista dos piores índices sociais, económicos e culturais de todo o Algarve. O município está parado, não há desenvolvimento económico, não há emprego, não há incentivos à fixação de empresas, a gestão administrativa é fraca. Encontramos uma gestão caracterizada por uma ausência total na definição de linhas condutoras, não há estratégia apenas vislumbramos uma gestão do quotidiano centrada nos pequenos problemas, que sendo importantes, não deixam perceber que futuro está a ser projectado para o concelho, no fundo, uma gestão sem qualquer inovação e completamente esvaziada de objectivos futuros.
A gestão da CDU caracterizou-se por uma centralização de competências da Câmara para a sua presidente, uma gestão que esvaziou a função do órgão executivo e da própria Assembleia Municipal. Não nos revemos nestes procedimentos, a nossa gestão será feita com a opinião de todos. Não pactuamos com a falta de transparência, com a gestão que esconde tudo o que pode esconder, que não comunica atempadamente o que tem que comunicar (é só recordar o que se passou com a intervenção no Jardim Municipal: primeiro cortaram-se as árvores e só depois se deram as explicações). Uma gestão de porta fechada. Não é este o modelo que governação que queremos para o nosso concelho. De um modo geral, foram quatro anos perdidos e o desenvolvimento e a mudança não se compadecem com anos perdidos. Estamos hoje mais longe dos níveis de desenvolvimento porque nestes quatro anos não aconteceu nada.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
FM: A nossa candidatura é aquela que aposta na Coesão Social, no Emprego, no Investimento, nas políticas de Ambiente e na Modernização Administrativa com mais transparência, mais competências delegadas nas Juntas de Freguesia, com mais participação dos cidadãos.
Com a nossa equipa haverá transparência, planeamento e a comunicação com os munícipes. Tem que mudar a proximidade e o acolhimento aos munícipes. Os munícipes são o princípio e o fim de qualquer Câmara Municipal, Junta de Freguesia ou União de Freguesia. Com a nossa proposta a Câmara Municipal estará verdadeiramente ao serviço da população, ao serviço de todos.
Com a nossa equipa e com o nosso trabalho a Câmara Municipal terá um papel facilitador e não será mais um criador de obstáculos, quer às instituições e aos investidores, quer aos cidadãos de um modo geral.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
FM: Somos a única força partidária que apresentou, há vários meses, um programa que é público e que está disponível no nosso site em www.pssilves.pt. Os outros partidos nada apresentaram, nada comunicaram pelo que não nos podemos pronunciar.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
FM: Iniciando funções em Outubro e após auditoria financeira da autarquia que partilharemos com os munícipes será tempo de fazer um Plano de Acção para a intervenção sustentada quer ao nível da acção social, da educação, da cultura.
O nosso Orçamento Municipal para 2018 já garantirá a transferência de mais meios e mais competências para as Juntas de Freguesia; mais meios e mais competências para os órgãos de maior proximidade; um maior grau de satisfação das populações (se eu tenho o lixo ou um buraco à porta de casa, quero lá saber de quem é a competência! Quem está mais perto resolve melhor, se tiver os meios); fazer o ponto de situação das obras iniciadas (e como sabemos muitas delas foram iniciadas dias antes das eleições e garantir a sua conclusão); avaliação da implementação do Regulamento de Apoio a Famílias Carenciadas; criação de um gabinete de Reabilitação Urbana; reforço das competências do Gabinete de Apoio ao Empresário; e criação de um conjunto de medidas que tornem mais célere a instrução de processos relacionados com o PARU.
Estabeleceremos desde logo, contactos com o Governo PS através do Ministério do Planeamento e Infraestruturas para de imediato dar inicio à intervenção no Rio Arade e com o Ministério da Cultura para a recuperação da Ponte Velha de Silves.
Constituir-se-á de imediato o Gabinete de Reabilitação Urbana para dar inicio aos trabalhos do Plano de Pormenor e Salvaguarda dos Centro Históricos de S.B. de Messines e de Alcantarilha.
Simultaneamente serão definidos objectivos que garantam a elaboração de um Plano de Acção para Silves território criativo integrando Silves na Rede de Cidades Criativas.