Hoje em dia, temos vindo a verificar que a maior parte dos consumidores tem mais seguros do que os que efectivamente subscreveu por estarem associados a outros produtos e serviços.
Um exemplo clássico é o seguro de vida. Para a maioria dos portugueses, está associado ao crédito à habitação, por ser obrigatório como garantia do empréstimo. Em caso de falecimento ou invalidez do titular, a dívida é paga e, se o capital seguro for superior ao do empréstimo, os beneficiários recebem o remanescente.
Caso não tenha crédito, verifique se a sua empresa contratou um seguro de vida em nome dos trabalhadores, prática comum em algumas organizações.
Passe depois aos cartões de débito e de crédito, que, muitas vezes incluem seguros, como o de acidentes pessoais em viagem. Assim, se falecer ou ficar inválido devido a um acidente de avião, de comboio ou de autocarro e tiver pago o bilhete com o cartão, a seguradora paga entre 100 mil e 375 mil euros.
Contratar um seguro de saúde é uma forma de acautelar despesas médicas decorrentes de acidente ou doença. Aqui, as coberturas essenciais são a hospitalização e a assistência ambulatória. Porém, se tem um cartão de crédito pode já estar coberto. Confirme junto do banco as coberturas incluídas nos seus cartões, já que alguns incluem assistência médica com indemnização em caso de internamento hospitalar por um período superior a 24 horas.
Se viajar na Europa, não deixe de pedir o cartão europeu de seguro de doença, que lhe permite aceder aos serviços de saúde públicos de todos os Estados Membros nas mesmas condições dos residentes.
Por fim, é também importante avaliar bem o recheio da casa. Para pagar menos pelo multirriscos-habitação pode sentir-se tentado a fazer o seguro por valor inferior ao real. Porém, em caso de sinistro, a seguradora só indemniza na proporção entre o capital seguro e o valor dos bens.