É o actual presidente da Câmara de Monchique e candidata-se ao último mandato mantendo as cores que o elegeram anteriormente, as do PSD.
Rui André quer manter-se no poder porque acredita que o seu percurso pode tirar o concelho da falta de planificação e visão estratégica a que esteve votado durante anos, antes da sua chegada à autarquia.
As urnas hão-de dar a resposta aos anseios do homem que tem repetidas vezes marcado a agenda noticiosa da região com as diversas propostas iniciativas que teve relativamente ao concelho a que preside.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Rui André (RA): Apresento-me novamente como candidato a presidente da Câmara de Monchique para concretizar a terceira parte de um compromisso sério e honesto que apresentei aos meus concidadãos em 2009.
Um programa para 12 anos, três mandatos, que espero poder terminar, sabendo que ao fazê-lo teremos um concelho com bases sólidas de crescimento, mais justo, mais humano e mais dinâmico, sobretudo um concelho atractivo para residir e para visitar; um concelho com melhor ambiente, com mais casas reabilitadas, com novos residentes, com mais empresas e assim, com mais emprego!
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
RA: Os principais problemas do concelho de Monchique resultam de uma falta de planeamento de décadas sobre os quais passaram vários Quadros Comunitários sem que se tenham realizado alguns investimentos estratégicos que só agora irão ser executados no âmbito deste QCA. Recordo que quando cheguei à presidência deste município, no final do ano 2009, havia muitas habitações ainda sem água potável e os esgotos não eram tratados em todo o concelho e estavam a poluir as nossas ribeiras. Hoje essa situação está ultrapassada e apesar do concelho enfrentar ainda o êxodo dos jovens, há sinais claros de que também esta situação se está a esbater com um número crescente de crianças nas escolas e creche.
O esforço hercúleo que temos vindo a desenvolver para criar um quadro favorável ao investimento nas mais diversas áreas, assim como uma maior atractividade do território tem feito surgir novos negócios e actividades económicas com destaque para o turismo que nos deixam bastante optimistas.
Em suma, o principal problema deste concelho é que aquilo que estamos a fazer agora deveria ter sido feito há duas décadas atrás. Certamente alguns dos problemas com que nos debatemos hoje poderiam já não existir.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
RA: Porque nenhuma outra revela a ambição, conhecimento e experiência capazes de desenvolver o concelho. Por outro lado, pretendo terminar um projecto que comecei, com metas e objectivos bem definidos e que estamos a executar.
Depois de um trabalho difícil e de muito esforço de colocarmos Monchique no mapa da boa gestão, com uma aposta clara na criação e consolidação de políticas de desenvolvimento do território capazes de reverter o processo de perda de população e de esperança na economia local, Monchique é hoje uma referência aos mais variados níveis e o patamar de consolidação e autonomia que conquistámos não está ao alcance de quem pouco ou nada conhece do trabalho que está em desenvolvimento e que não pode, de forma alguma, perder-se com experimentalismos estéreis.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
RA: Verifiquei que as outras candidaturas, para além de propostas vagas e pouco objectivas, se propõem fazer aquilo que já estamos a fazer. Revela por isso um reconhecimento de que este é o caminho certo. A grande diferença das minhas propostas face aos restantes candidatos prende-se com o facto de existir, no meu caso, um quadro de financiamento e de realização de alguns investimentos para que as mesmas se concretizem. Proponho mais de 40 projectos que já se encontram aprovados e com financiamento garantido. São por isso necessidades reais das populações que temos vindo a concretizar e que iremos terminar até final do próximo mandato.
A maior diferença que destaco é o facto de, para além desta obra física, toda a minha acção e do executivo a que presido ter uma vertente muito humana de estreita ligação com as pessoas e com os seus reais problemas e desejos, dos mais jovens aos mais velhos. Isso é evidente nas inúmeras medidas de apoio directo e indirecto com a criação de programas concretos que têm sido também uma forma de atractividade e fixação de população.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
RA: Temos um vasto conjunto de obras já aprovadas e com financiamento garantido dos Fundos Comunitários, para as quais temos capacidade de endividamento e os respectivos projectos e terrenos. Estes grandes investimentos estão dependentes deste Quadro Comunitário que tem estado atrasado na sua execução.
Os próximos quatro anos serão muito importantes pois teremos a capacidade de executar esses projectos com grandes benefícios para a população, nos domínios do desenvolvimento da Economia, do Emprego, da Habitação e, sempre e acima de tudo da Qualidade de Vida da nossa população.
O trabalho que temos desenvolvido nestes últimos anos foi praticamente de acordar uma montanha adormecida pela gestão socialista de 28 anos. Hoje já ninguém é indiferente ao progresso que temos imprimido a esta terra com efeitos benéficos em termos sociais e para todas as franjas da população, mas também em termos económicos e na implementação de uma forte dinâmica turística que se destaca, quer pelos números bastante animadores e crescentes, quer pelos produtos turísticos que temos construído com os actores locais e as dinâmicas empresariais do concelho. O que pretendemos continuar a fazer é crescer ainda mais e consolidar com a construção de algumas infraestruturas necessárias e que ainda estamos a executar.