Está a decorrer até ao final do dia de hoje, na Universidade do Algarve (UAlg), a nona Convenção Nacional da Rede RSO PT. A Rede Nacional de Responsabilidade Social das Organizações (RSO PT), em parceria com a Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA) e a UAlg, traz à região um debate alargado sobre ‘Cidades inteligentes, empreendedorismo e responsabilidade social das organizações’ que pretende consciencializar todos para a evolução do conceito de ‘smartness’ aplicado às mais variadas áreas do desenvolvimento.
Depois das intervenções de abertura – a cargo de Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, André Magrinho, coordenador da rede RSO PT, do presidente da AMAL, Jorge Botelho, da vice-reitora da UAlg, Ana de Freitas, e do presidente do NERA Vítor Neto – focadas essencialmente na escolha da cidade de Faro e da região para a realização desta iniciativa e sobre a importância de pensar as temáticas do debate em prol de uma visão de futuro mais marcada pelos conceitos inovadores associados à inteligência na construção das sociedades, o primeiro painel de oradores foi convidado a debruçar-se sobre o tema ‘Cidades Inteligentes: desafios económicos e sociais’.
Enquadramento do primeiro painel esteve a cargo do responsável pela RSO PT
Depois de um alargada intervenção de enquadramento do tema feita por André Magrinho, foi chamado a intervir neste painel moderado pelo jornalista Henrique Dias Freire, director do POSTAL, o presidente da Câmara de Loulé.
O autarca focou a sua intervenção no papel social da acção autárquica, como forma de política de coesão geradora de sociedades mais igualitárias, mais acolhedoras e integradoras e pois, como política de suporte de uma evolução mais inteligente das comunidades.
CCDR – Algarve centra-se na análise dos dados estatísticos regionais
Já o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Algarve (CCDR – Algarve), Francisco Serra, que teve na sua intervenção o objectivo de sobre o tema central do painel dar aos presentes ‘Uma perspectiva para o Algarve’, optou por dirigir a sua linha de raciocínio para a partilha de dados estatísticos sobre alguns índices de maior relevo para a região no quadro de um desenvolvimento que se quer pautado pela inteligência na geração de desenvolvimento.
Da intervenção do responsável regional ressalta a RIA – Região Inteligente do Algarve, uma aposta da CCDR – Algarve que pretende fomentar um crescimento inteligente e assente nas parcerias, conhecimento estratégico e inovação para o Algarve.
Uma proposta de louvar numa região que está longe de ser do ponto de vista do conhecimento sobre a sua própria realidade um exemplo, bastando para tal perceber que muitos dos dados estatísticos nacionais não têm desagregação regional capaz de garantir à região uma verdadeira posse de ferramentas e instrumentos de informação que lhe permitam estabelecer as bases de qualquer crescimento e desenvolvimento inteligente.
Vítor Neto deixa alertas para os desafios da região
Já Vítor Neto pautou a sua intervenção por focar os desafios de uma região estruturalmente assente na monoeconomia do turismo, resultado de uma evolução económica que reduziu indústrias de relevo em outras áreas, confrontando-se actualmente com um défice em sectores onde já teve boas performances.
O painel que encerra a manhã de trabalhos subordina-se ao tema ‘Responsabilidade social das organizações: boas práticas e novos desafios’, numa convenção que esta tarde abordará o ‘Crescimento, empreendedorismo e responsabilidade social nas empresas’.