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Sociedade

Quem é Valeriy Zaluzhny? O “general de ferro” que lidera a resistência da Ucrânia

Diz que estava preparado para o que aí vinha. “Só fiquei preocupado uma vez, em 2014, quando agarrei na espingarda, colete à prova de balas e fui para a guerra. Desde então, tem sido simplesmente fazer o meu trabalho”.

19:48 10 Abril, 2022 19:49 10 Abril, 2022 | Expresso

É ainda um personagem pouco conhecido, cuja popularidade não se aproxima da granjeada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Mas é de Valeriy Zaluzhny um dos papéis mais relevantes na resposta da Ucrânia à invasão russa. A sua distância dos holofotes, conta o “Politico“, mais do que circunstancial, é uma opção: o general de ferro é “herói”, mas não quer “ser estrela”, escreve-se sobre o chefe de Estado Maior das Forças Armadas ucranianas. Ele é, até agora, o principal responsável pelo bom sucesso das armas ucranianas face à invasão russa.

Criado numa família com ligações ao ramo militar, Zaluzhny foi nomeado para a liderança das Forças Armadas em julho de 2021, quando Zelensky já havia sido nomeado Chefe de Estado. As expectativas não eram as mais fáceis, após o precedente aberto pela anexação da Crimeia, em 2014, que tornou o Donbas numa região de conflito.

Dois meses após tomar posse, Zaluzhny alertou sobre a chegada de tropas russas às fronteiras da Ucrânia. “Falo disso desde que assumi o cargo – porque é uma ameaça de agressão em grande escala”, dizia, em entrevista à Rádio Svoboda. “A nossa missão como Forças Armadas não é esperar o maná [comida] do céu. Devemos preparar-nos para isso [a invasão]. E fazemos tudo para isso. Da nossa parte, estamos a a participar num conjunto de exercícios, incluindo com os nossos parceiros ocidentais, incluindo membros da NATO, bem como parceiros da NATO. Estamos a fazer todos os possíveis para tornar o inimigo, por assim dizer, menos disposto a implementar esse cenário.”

O cenário, porém, confirmou-se: a 24 de fevereiro, iniciou-se uma invasão russa que muitos analistas viam como perdida à partida para o exército ucraniano – menor e com muito menos meios que o russo. Ao 46º dia de guerra, é possível dizer que a resistência ucraniana tem permitido, pelo menos, conter os anseios expansionistas de Vladimir Putin. E é ao “general de ferro” que se atribui boa parte desse sucesso.

Valeriy Zaluzhny, comandante do Estado Maior das Forças Armadas da Ucrânia, num encontro de janeiro deste ano, ainda antes da invasão russa, com o Comité Militar da NATO Nato/Ims

São pouco comuns as aparições públicas de Zaluzhny, o que, se por um lado permite conhecer pouco do seu perfil, por outro, garante força a cada declaração. No final de março, o general veio a público defender as suas tropas, a propósito do vídeo que mostrava imagens das alegadas agressões a prisioneiros russos.

O Governo ucraniano prometeu investigar o caso e o chefe das Forças Armadas sentenciou que os seus soldados “aderem estritamente às normas do direito humanitário internacional”. Colocou depois o ónus na Rússia e na “guerra da desinformação”. “O inimigo produz e partilha vídeos com o tratamento desumano de supostos ‘prisioneiros russos’ por ‘soldados ucranianos’ a fim de desacreditar as Forças de Defesa Ucranianas”, escreveu o general, no canal de onde partilha declarações públicas: a sua página de Facebook. Mais uma característica: a lealdade e a defesa dos seus.

Ao site “Politico”, um ex-oficial da força área ucraniana, Oleksiy Melnyk, dá uma nota sobre o perfil militar de Zaluzhnyy: “provavelmente posso falar dele não apenas como uma única pessoa, mas como um representante da nova geração de militares ucranianos.” Porquê?

Ao contrário dos soldados formados sob a ortodoxia russa, Zaluzhnyy esteve na frente de batalha no Donbas, a partir de 2014, e pelo meio, recebeu treino militar com os tais parceiros a que se referiu na entrevista acima citada. Segundo as mesmas fontes, essa colaboração com a NATO e com o ocidente deu a esta nova geração de militares ucranianos uma forma mais descentralizada e ágil de enfrentar o terreno. Características que têm sido apontadas como decisivas para os bons resultados na frente de guerra, perante o modelo mais rígido das forças russas.

A propósito desse tempo, há uma ideia que Zaluzhnyy repete quase sempre, nas intervenções a que é possível chegar: “a nossa guerra começou em 2014”. O agora comandante das Forças Armadas, como muitos ucranianos, estava preparado para o que aí vinha.

Num encontro de janeiro deste ano com o Comité Militar da NATO, ainda a invasão não tinha acontecido, o general resumiu essa preparação assim: “Os nossos parceiros da NATO tinham uma pergunta – se eu partilho das suas preocupações”, sobre a Rússia. “Respondi que só fiquei preocupado uma vez, em 2014, quando agarrei na minha espingarda, colete à prova de balas e fui para a guerra. Aí eu estava preocupado, mas desde então, tem sido simplesmente fazer o meu trabalho.”

  • Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL
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