A opção de deixar cair a maioria das restrições para conter a pandemia em Inglaterra é, em parte, justificada pelas autoridades de saúde por haver já dois terços dos adultos totalmente vacinados.
O uso de máscara e o distanciamento deixaram de ser obrigatórios. Passam a ser recomendados em locais propensos a aglomerações como, por exemplo, os transportes públicos.
As lotações máximas em restaurantes, eventos desportivos e culturais também caíram. Passará a haver uma recomendação para que seja utilizado um certificado de vacinação.
O teletrabalho chega também ao fim e começa o regresso gradual aos escritórios.
Os bares, pubs e discotecas receberam luz verde para reabrir portas e várias discotecas em Londres encheram na noite de domingo para segunda-feira.
Esta última fase do desconfinamento estava prevista para 21 de junho, mas foi adiada quatro semanas para fazer avançar o programa de vacinação, que está agora disponível para todos os maiores de 18 anos. O atraso visou também coincidir com uma data mais próxima das férias escolares, no fim de julho, quando a transmissão deverá desacelerar.
REINO UNIDO REGISTOU NO SÁBADO MAIS DE 50.000 CASOS, O VALOR MAIS ELEVADO DOS ÚLTIMOS SEIS MESES
O Reino Unido registou 54.486 novos casos de covid-19 no último sábado, o valor mais alto de infeções desde 15 de janeiro, anunciou o Ministério da Saúde britânico.
O índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 – que estima o número de casos secundários de covid-19 resultantes de uma pessoa infetada – caiu ligeiramente, estando entre 1,2 e 1,4, apesar do aumento significativo da taxa de incidência de novas infeções nas últimas semanas.
Apesar de o número de infeções diárias continuar a subir nos últimos dias no Reino Unido, mais restrições foram levantadas esta segunda-feira. Por isso, o Governo britânico apela ao bom senso, numa altura em que o país enfrenta uma onda de novos casos.
O próprio primeiro-ministro, Boris Johnson, está em quarentena por ter contactado com o ministro da Saúde, infetado com covid-19.
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França admite voltar a impor restrições
Em França, o número de novas infeções aumentou quase 15% e o Governo admite voltar a implementar restrições.
No domingo, o país registou 12.532 novos casos diagnosticados, naquele que foi o terceiro dia consecutivo com o número de novas infeções acima dos 10.000.
Perante esta realidade, o secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus admitiu que o recolher obrigatório pode voltar a ser imposto para conter a propagação da pandemia.
Desde domingo que as regras obrigam a apresentar testes à entrada do país com máximo de 24 horas.
Até aqui eram aceites testes com 72 horas, mas a partir do dia 18 de julho, quem regressa de países como Portugal, Espanha, Grécia, Holanda, Chipre e Reino Unido têm de apresentar teste negativo à covid-19 feito no próprio dia.