Apesar de o protetor solar ser um produto muito usado no verão, este deve ser um aliado da pele durante todo o ano.
Sabe porquê? Porque 80% da exposição solar ocorre no dia-a-dia, e o rosto é a zona mais suscetível aos perigos do sol. Para tal, é necessário usar protetor solar, não só durante o verão, como também durante todo o ano.
Qual é o problema do sol?
Ainda que o sol seja visto como algo bom para os humanos, a verdade é que existe um lado “negro”: os raios que emana, aqueles que não são possíveis detetar a olho nu, seja verão, seja inverno.
Destes, destacam-se os,
- Raios Ultravioleta B (UVB), que se penetram de forma superficial na pele nas horas de maior calor
- Raios Ultravioleta A (UVA), que são mais perigosos, pois penetram de forma mais profunda e durante mais horas.
No caso dos UVA, o seu efeito acaba por ser potenciado pelos raios da luz azul, uma espécie de radiação menos falada, mas que, no entanto, tem efeitos catastróficos para a saúde.
Dentro dos raios de luz azul, é importante saber que existem dois tipos: a luz azul-turquesa, importante para ajudar a regular o relógio biológico natural, e a luz azul-violeta, com um comprimento de onda mais curto e energético, ou seja, carregados de energia.
Além de favorecerem o aparecimento de rugas e de manchas, contribuem para o stress oxidativo, causando danos celulares que induzem o início das doenças malignas.
Quais são os perigos de não usar proteção solar?
O que parece um escaldão pode ser, na verdade, mais do que isso. De acordo com os dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro, surgem, anualmente, cerca de 700 novos casos de melanoma maligno, a forma mais grave de cancro de pele.
Além disso, um estudo da Global Coalition for Melanoma Patient Advocacy, em 2020, 21% dos melanomas ficaram por diagnosticar. Todos têm algo em comum: começam por uma queimadura solar.
Segundo Adam Friedman, professor e presidente do departamento de dermatologia da George Washington School of Medicine and Health Sciences, “a radiação ultravioleta é um cancerígeno comprovado e reconhecido, sem esquecer que pode acelerar o envelhecimento da pele”. Por isso, é importante protege-la durante todo o ano.
Quem é que precisa de protetor solar?
Depois de tudo o que foi dito, a resposta é curta: todos, mesmo quem tem a pele mais escura, pois não está totalmente imune aos danos causados.
O guia anual do The Environmental Working Group (EWG) pretende mostrar que todos, incluindo as crianças, têm de usar protetor solar, independentemente de estar frio ou nublado ou das atividades que se realizarem.
No caso da proteção solar, existem dois tipos de situações: os produtos de uso diário, normalmente os hidratantes ou a maquilhagem com SPF, e os protetores solares, destinados a períodos mais longos de exposição ao sol. Em todo o caso, o ideal é combinar a ação destes dois produtos. Por exemplo, pode-se começar por aplicar o protetor solar e só depois a maquilhagem. Aliás, estes tipos de produtos podem ser encontrados facilmente numa perfumaria online, tornando todo o processo de compra muito mais confortável.
Como aplicar o protetor solar?
Muito mais do que usar protetor solar, é importante saber aplicá-lo. Por isso mesmo, os especialistas recomendam que se use cerca de 28 gramas, o equivalente a um copo de licor cheio. A par disso, os profissionais aconselham o uso de produto em loção em vez de stick. Porquê? Porque é muito mais fácil obter uma camada uniforme de proteção adequada.
Além destas recomendações, é crucial aplicar o protetor solar em todas as zonas expostas ao sol. Por exemplo, o rosto, as mãos, as orelhas, o couro cabeludo, os pés, os cotovelos e/ou os tornozelos. Além disso, deve-se aplicar proteção solar na área à volta dos olhos e um protetor solar labial, pois estas zonas têm pele fina e são vulneráveis aos danos solares.
Sempre que se sair da água ou a cada duas horas, deve-se reaplicar o protetor solar. Só assim é possível evitar queimaduras que, mais tarde, poderão resultar em problemas malignos de pele.
Qual é o melhor nível de proteção solar?
Segundo os especialistas, o mínimo é um SPF 35. No entanto, é recomendável que se escolham índices de proteção maiores, tendo em conta cada tipo de pele e as recomendações do dermatologista.