A ajuda do Estado, durante a pandemia, às pequenas e médias empresas (PME) só chegou a 21,4% das empresas. Portugal foi, segundo o mais recente relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) consultado pelo jornal “Público”, dos países que menos ajudou as empresas em crise.
O auxílio direto com implicações orçamentais para as PME portuguesas rondou os 3,6% do PIB. “É um valor baixo comparado com o que outros países da OCDE gastaram para apoiarem a economia em 2020, em percentagem do PIB”, comenta o economista Pierre-Alain Pionnier, sublinhando que esse indicador variou num intervalo entre 0,6% do PIB (México) e 18% (Nova Zelândia).
Cerca de 25,5% de PME – que tiveram uma quebra de vendas de 40% ou mais – não tiveram ajuda, nem direta, nem indireta. Numa análise a todos os países membros da OCDE que usam o euro, Portugal foi simultaneamente o país com o segundo menor esforço orçamental, com a segunda menor proporção de PME ajudadas e com maior percentagem de PME sem qualquer apoio.
O estudo analisou o impacto da crise, a resposta dos governos e os fatores estruturais para a recuperação nas pequenas e médias empresas para os 37 países da OCDE.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso