Já há muito que se falava do crescimento do Porto de Recreio de Olhão e a obra está agora mais perto de chegar à frente ribeirinha da cidade cubista.
O porto de recreio vai crescer em duas fases até às 500 amarrações e ser requalificado num investimento que a Docapesca, concessionante do equipamento, prevê atinja “3,35 milhões de euros”.
Contrato de concessão assinado hoje com empresa privada
A Docapesca assinou hoje o contrato de concessão da requalificação, modernização e exploração, em regime de serviço público, do Porto de Recreio de Olhão pelo período de 35 anos à empresa Verbos dos Cais, S.A., com 3,35 milhões de euros de investimento previsto, na presença da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
Primeira fase faz porto crescer até aos 340 lugares para barcos de recreio
A actual capacidade do porto (299 lugares) será inicialmente ampliada para 340 lugares, revela a entidade pública, com a instalação de novos postos de amarração para embarcações ou reconfiguração da tipologia hoje existente.
Posteriormente, acrescenta a Docapescam, “serão atingidos os 500 postos de amarração com a instalação de mais três a cinco passadiços na zona Nascente, junto ao atual sector da pesca artesanal, e dragagem de fundos em toda a área de concessão”.
Nova área de apoio à náutica nasce a poente do porto de recreio
A área adjacente à doca, para Poente, de acesso ao plano de água e rampa varadouro, será afecta à construção de edifícios para serviços de apoio: serviços administrativos e de apoio náutico, oficinas, restauração e comércio.
Ainda de acordo com a Docapesca, “serão disponibilizados os seguintes serviços básicos: receção e despedida de embarcações, sistemas de elevação e transporte de embarcações, fornecimento de combustíveis, vigilância, dragagens de manutenção, sinalização marítima e instalação de rádio, redes de abastecimento de águas potáveis e residuais e de energia elétrica e de combate a incêndios, serviços de limpeza e recolha de resíduos e de primeiros socorros, estacionamento automóvel e instalações sanitárias públicas”.
O contrato de concessão hoje assinado resulta de um concurso público que começou a ser preparado em julho de 2016, em estreita cooperação com a Câmara, e valorizou os serviços complementares e as medidas de sustentabilidade ambiental que garantam aos utilizadores o acesso às melhores práticas existentes nos portos de recreio europeus de referência.
Salienta-se que o concurso foi inicialmente aberto em 2009 e desde então, quer porque foram detectados problemas legais quer devido ao longo processo de extinção do ex-IPTM, não tinha tido quaisquer desenvolvimentos.