Foi em 2012 que o fogo deu ao Pego do Inferno o triste destino de ficar com as estruturas de acesso ao local completamente destruídas. A culpa recaiu sobre o incêndio que deixou atrás de si um rasto de destruição impressionante.
Há, portanto, cinco anos que o local, um dos ex-libris naturais do interior do concelho de Tavira, aguarda a “mão amiga” de quem lhe dê um futuro adequado aos pergaminhos que granjeou junto dos amantes da natureza e do enquadramentos rural em época de banhos que escolhiam o local para apreciar o frescor da cascata e das águas da Ribeira da Asseca.
A competência para a intervenção cabe à Câmara de Tavira, mas durante cinco anos o processo teima em arrastar-se tal como o POSTAL por diversas vezes abordou.
“Vamos iniciar a remoção de todos os materiais deteriorados que estão no local”
A frase é do presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, que com o concurso para a empreitada em fase de conclusão prevê “a muito breve trecho a respectiva adjudicação”.
Para já, com a remoção dos materiais que restaram como destroços do fogo que destruiu o local conseguiremos dar um passo importante para a renaturalização do Pego do Inferno”.
Autarca diz que quer “ouvir a sociedade civil sobre o futuro da zona”
Para Jorge Botelho o passo que se seguirá será o de ouvir a sociedade civil sobre o formato que se vai dar à utilização daquele local.
“Trata-se de um local ambientalmente sensível e a sua utilização não deve ser feita de forma massiva porque compromete a sua qualidade e sustentabilidade, teremos de arranjar uma solução capaz de acomodar a utilização e o cuidado com o impacto da mesma”.
Finalmente, o presidente da autarquia revela que “está ainda em fase de termo o processo de definição de extremas dos terrenos privados confinantes, já que antes de qualquer investimento público importa que este seja feito sobre terrenos que são efectivamente públicos sem qualquer questão cadastral por solucionar”.