A Autoridade Marítima Nacional, em associação com à Associação de Surf de Aveiro, explica aqui o que é um agueiro e como atuar numa situação em que é ‘apanhado’ por um agueiro.
Veja aqui o vídeo e saiba quais os cuidados e como agir em situações de agueiro, porque “a sua segurança começa em si”.
Agueiro: O que são e o que fazer, é igualmente o que nos explica Paulo Anastácio, formador do ISN e nadador salvador, num artigo da “AveiroMag“, que aqui reproduzimos com a devida vénia:
“Todos os anos, a causa maioritária dos salvamentos é devido aos chamados “agueiros”, o que revela o seu perigo e risco. Felizmente, a maioria deles têm um final feliz. Mas nem sempre é assim. As “Rip Current”, conhecidas, então, na região como “agueiros” – e que muito têm sido falados, pelos acidentes recentes -, são zonas/correntes de mar muito perigosas para o banhista.
Explicando: a água encontra sempre o seu equilíbrio próprio, isto é, após várias ondas rebentarem na praia, a água retoma pelo local que causa menos resistência. Isto é a corrente de “agueiro” (“Rip Current”).
Resumidamente, a água retoma para o mar como se tratasse de um “canal” (corrente), geralmente “entalado” no meio de “cabeços de areia”. Praticamente impossível de regressar para o areal por essa corrente, a solução é manter a calma, nadar paralelo à costa e nunca contra a corrente, posteriormente nadar para terra. Estas correntes para além de perigosas são difíceis de reconhecer, muitas vezes, são até confundidas como sendo as melhores zonas para se banhar, pois por norma, são zonas sem ondas, logo a normal arrebentação e por isso, tantos de nós são levados a optar por essas zonas.
Para identificar um “agueiro” tente observar:
1. Cor da água, acastanhada devido ao arrastamento da areia no fundo;
2. Espuma na superfície da água, que se estende além da rebentação;
3. Deslocamento de materiais e destroços flutuantes;
4. Ondas maiores e mais frequentes dos dois lados (não no local do agueiro);
5. Tremura numa zona da água, quando a água à volta está lisa.
O banhista deve tentar sempre verificar a existência de agueiros e as condições do mar em geral antes de entrar na água para sua própria segurança.
Como escapar a um “agueiro/Rip Current”:
Os banhistas não deverão nadar contra a corrente, mas sair dela.
Para tal, deverão nadar paralelamente à praia (para os lados), ou então deixarem-se levar pela corrente até esta ficar fraca, e depois nadar paralelamente à praia (para os lados).
Nota: O banhista deve tentar sempre verificar a existência de agueiros e as condições do mar em geral antes de entrar na água para sua própria segurança. Poderá e deverá sempre recorrer aos Nadadores Salvadores para estes indicarem quais as melhores e seguras zonas para banhos”.