A Cidade Lacustre de Vilamoura já não vai ser uma realidade. Depois da declaração de impacte ambiental desfavorável, em novembro passado, o projeto, que previa um investimento de €650 milhões, foi formalmente rejeitado pelos novos donos da Vilamoura World (empresa que faz a gestão imobiliária da localidade algarvia), que preferem soluções mais amigas do ambiente.
“Se nós queremos um produto com qualidade, com sustentabilidade, com baixa densidade, então não estamos, de certeza, a falar da Cidade Lacustre”, defende João Brion Sanches — líder do grupo de empresários portugueses que compraram, por um valor não revelado, em conjunto com o fundo britânico Arrow Global, a Vilamoura World à Lone Star (fundo norte-americano que em Portugal também detém o Novo Banco).
“É um termo [Cidade Lacustre] que espero que morra de vez. A Cidade Lacustre era um projeto de centenas de prédios à beira-mar, com um ambiente totalmente urbano. Nós acreditamos que isso não faz qualquer sentido”, continua João Brion Sanches, que assumiu as funções de CEO da Vilamoura World no início de junho, após a concretização do negócio.
Agora, os novos proprietários estão a estudar alternativas para a zona. “Temos uma ideia geral do que queremos fazer mas ainda estamos a equacionar. Nós chegámos, faz um mês dia 1 de julho, portanto há muitas coisas que ainda estamos a afinar, ajustar e avaliar internamente. Uma coisa sabemos, não vai ser aquele projeto. E um projeto desta natureza demora algum tempo a consolidar, a imaginar, a projetar”, explica o CEO.
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