O funeral de Eusébio realizou-se hoje em Lisboa com a presença de milhares de pessoas, quer no Estádio da Luz onde o primeiro anel ficou repleto, como mostraram as imagens televisivas transmitidas em directo, quer nas ruas da capital, no trajecto que levou o cortejo fúnebre da Luz até à Praça do Município e de volta à igreja onde foi celebrada a missa de corpo presente, nas imediações do estádio do Benfica.
O atleta faleceu na madrugada do passado domingo, em Lisboa, fruto de insuficiência cardio-respiratória, como o POSTAL noticiou (VER).
O destino final das cerimónias fúnebres foi o Cemitério do Lumiar, num percurso que se fez debaixo de chuva, mas que não impediu os populares de prestarem ao Pantera Negra o seu último tributo.
O corpo do atleta maior português foi sepultado perto das 19 horas.
Eusébio pode ser trasladado para o Panteão Nacional
Assunto na ordem do dia passou a ser o da trasladação de Eusébio do Cemitério do Lumiar para o Panteão Nacional, local onde se encontram os túmulos de algumas das mais relevantes figuras nacionais.
O tema deve ser discutido a muito breve trecho em sede de Conferência de Líderes na Assembleia da República e parece colher um amplo consenso, face às declarações de vários quadrantes políticos aos órgãos de comunicação social realizadas nas últimas horas.
Na defesa da trasladação para a última morada dos maiores nomes nacionais existe já uma petição pública on-line disponível para assinatura no sítio da internet http://peticaopublica.com/psign.aspx?pi=PT71917, que soma já centenas de assinaturas.
Conheça o Panteão Nacional
O Panteão Nacional, situado em Lisboa é um edifício fundado na segunda metade do século XVI e que foi totalmente reconstruído em finais do século XVII pelo arquitecto João Antunes.
Construído na zona histórica de Santa Clara, ocupa o edifício originalmente destinado para igreja de Santa Engrácia, acolhendo os túmulos de grandes vultos da história portuguesa.
A função de Panteão Nacional foi atribuída à construção em 1916 e é partilhada com Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra desde 2003.
Nomes como Almeida Garrett, escritor (1799-1854); João de Deus, escritor (1830-1896); Manuel de Arriaga, presidente da República (1840-1917); Sidónio Pais, presidente da República (1872-1918); Guerra Junqueiro, escritor (1850-1923); Teófilo Braga, presidente da República (1843-1924); Óscar Carmona, presidente da República (1869-1951); Aquilino Ribeiro, escritor (1885-1963); Humberto Delgado, opositor ao Estado Novo (1906-1965) e Amália Rodrigues, fadista (1920-1999), ocupam um lugar naquela que é a mais importante última morada reservada aos portugueses.
O Panteão Nacional alberga também os cenotáfios, pedra tumulares evocativas, de vários heróis da História de Portugal como os de Nuno Álvares Pereira, Pedro Álvares Cabral, Luís de Camões, o Infante D. Henrique, Vasco da Gama e D. Afonso de Albuquerque.