Albufeira e Loulé continuam a ser os dois concelhos com maiores incidências no país, já no patamar máximo de restrições e que viram a situação epidemiológica agravar-se esta semana. Os dois municípios algarvios registam mais de 960 casos por 100 mil habitantes, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), atualizado esta sexta-feira. Lagoa, nos Açores, também está no mesmo patamar de incidência, mas não está abrangida pelo plano de contingência aplicado no continente.
Há 47 concelhos, dos quais nove no Algarve, no patamar mais elevado de risco e, dada a incidência que registaram agora, há mais 17 concelhos (13 de alta densidade e 4 de baixa), dois dos quais do Algarve, que, na próxima semana, podem subir para o nível de risco muito elevado, sujeito a maiores restrições.
Sines, Pedrógão Grande, Moita, Barreiro, Arraiolos, Vila do Bispo, Vila Franca de Xira, Cascais, Viseu, Matosinhos, Odivelas, Lagoa, Aljustrel, Oeiras, Vila Nova de Gaia, Loures e Sintra são esses 17 municípios, por ordem decrescente de incidência.
O risco de saltarem para o nível máximo de restrições deve-se ao facto de esta semana já terem ultrapassado o segundo patamar de risco, ou seja, os 240 ou 480 novos casos por 100 mil habitantes, de acordo com a sua densidade populacional. Se se repetirem na próxima semana com uma incidência assim, serão colocados no grupo com mais restrições, onde já estão outros 47. Entre estes estão alguns dos concelhos mais populosos do país como: Lisboa, Sintra, Vila Nova de Gaia, Porto, Cascais, Loures, Matosinhos, Amadora, Almada, Oeiras e Seixal, segundo a última avaliação feita em Conselho de Ministros esta quinta-feira.
NÚMERO DE NOVOS CASOS POR 100 MIL HABITANTES
Incidência cumulativa a 14 dias, entre 1 e 14 de julho
Nos 47 concelhos em risco muito elevado, esta semana com 15 novas entradas e apenas uma saída (Mourão, de baixa densidade), as restrições máximas incluem a proibição de aulas de grupo nos ginásios, um número mais reduzido de pessoas à mesa e a lotação de 25% em casamentos e batizados. Há outros 43 concelhos que estão com um nível de risco elevado e, por isso, têm também algumas limitações horárias.
Em todos estes 90 concelhos (risco elevado e muito elevado) a restauração pode funcionar até às 22h30, sendo necessário apresentar certificado digital ou autoteste negativo, ao fim de semana, para permanecer no interior. Contam-se ainda mais 30 concelhos que entraram em alerta, ainda sem restrições, mas que estão em risco de entrar nessa situação a partir da próxima semana (saiba quais são as regras em vigor no seu). Metade destes concelhos, 15, são na região Norte.
Somados os concelhos de risco muito elevado, elevado e em alerta, conclui-se que 120 dos 278 municípios do Continente (43%) estão acima do patamar de risco estipulado segundo a sua densidade populacional.
PESQUISE POR CONCELHO
As duas regiões mais afetadas são Lisboa e Vale do Tejo, onde 38 dos 52 concelhos estão acima do patamar de risco, e Algarve, onde Aljezur é o único município abaixo desse patamar. A situação do concelho de Lisboa agravou-se e tem agora 831 casos por 100 mil habitantes – e todos os concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (18) estão no nível máximo de restrições. Já o Porto regista agora 758 novas infeções por 100 mil residentes (na semana anterior tinha 484).
O Alentejo é a região menos afetada embora tenha também alguns concelhos com incidências muito altas, como Avis (739) e Elvas (503) – já com as restrições máximas –, além de Sines (897) e Arraiolos (568) que estão no nível de risco elevado, mas em risco passar para risco muito elevado.
Na última semana, a incidência subiu na maioria dos concelhos do país (222 dos 308), apenas desceu em 58 municípios, mantendo-se sem alterações nos restantes 28.
Contam-se 10 concelhos no Continente sem novos casos confirmados nas últimas duas semanas: Aguiar da Beira, Boticas, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Melgaço, Monforte, Tabuaço, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Poiares e Vila Velha de Ródão.
AÇORES
Lagoa, Ribeira Grande e Ponta Delgada são os três concelhos dos Açores acima dos 120 novos casos por 100 mil habitantes, sendo Lagoa o que tem a incidência mais elevada (1003). Calheta, Corvo, Lajes do Pico, Povoação, Santa Cruz das Flores e São Roque do Pico não têm qualquer nova infeção.
MADEIRA
Já na região da Madeira, Ribeira Brava, Porto Moniz, Calheta e Funchal são os quatro concelhos com mais de 120 casos por 100 mil.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso