* As imagens do vídeo mostram o momento em que o raio de maior extensão do mundo cruzou Santa Catarina — Divulgação/NOAA
O raio em causa ocorreu em 31 de outubro de 2018 e percorreu 709 quilómetros numa linha horizontal, atravessando parte do sul do Brasil, mais que o dobro do recorde anterior, que era de 321km e ocorreu em Oklahoma, nos Estados Unidos.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a extensão da descarga elétrica “equivale à distância entre Boston e a capital Washington ou entre Londres e a fronteira da Suíça”. Trazendo para o Brasil, a distância equivale praticamente entre a rota da capital São Paulo a Florianópolis.
Bem maior que Portugal, pois a parte continental tem um comprimento máximo de 561 km entre o cabo de Santa Maria no Algarve e Melgaço no Minho.
O novo recorde foi apurado devido a uma nova tecnologia de imagens por satélite. Contudo, segundo a OMM, tanto o registo anterior quanto o novo usaram a mesma metodologia para medir a extensão do relâmpago.
“Estes são registos extraordinários de eventos de relâmpagos únicos. Os extremos ambientais são medições vivas do que a natureza é capaz, bem como do progresso científico capaz de fazer tais avaliações. É provável que existam extremos ainda maiores, e que possamos observá-los à medida que a tecnologia de deteção de relâmpagos melhora”, disse o professor Randall Cerveny, relator-chefe de meteorologia e extremos climáticos e climáticos da OMM.
“Isso fornecerá informações valiosas (…) em questões de engenharia, científicas e de segurança”, acrescentou.
Além do recorde registado no Brasil, a OMM informou ainda que o raio com maior duração (16,73 segundos) ocorreu na Argentina, em 04 de março de 2019.
Segundo o Época Negócios da Globo, outro recorde anunciado pela OMM foi registrado na Argentina, que teve o “megaflash” de maior duração já visto com 16,73 segundos. O evento ocorreu no dia 4 de março de 2019 no norte do país e também esse era mais do que o dobro do anterior.
“Esses são registros extraordinários de eventos únicos de relâmpagos e eventos climáticos extremos são medidas vivas do que a natureza é capaz”, disse em nota o chefe de eventos extremos da OMM, Randall Cerveny.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil é o país onde há a maior incidência de raios do mundo, com mais de 78 milhões de eventos climáticos do tipo todos os anos, noticia o jornal.