Um dos nomes mais notórios do PSD e, em particular do PSD/Algarve, faleceu ontem com 77 anos de idade.
Governador Civil de Faro, cargo que lhe marcou a carreira política e visibilidade pública, Joaquim Manuel Cabrita Neto fica para sempre na história política do Algarve como um homem combativo e um defensor irredutível da região.
O comendador da Ordem de Mérito, pela mão do ex-Presidente da República Cavaco Silva, em 2010, no dia em que em Faro se assinalaram as comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas,foi também deputado à Assembleia da República eleito pelo círculo do Algarve para as VI e VII legislaturas, respectivamente (1991-1995) e (1995-1999).
Governador Civil do Distrito de Faro entre 1985 e 1991 e, novamente, entre 1991 e 1995, de entre as várias intervenções notórias que teve no cargo esteve a coordenação da intervenção das operações de socorro aquando da queda do voo Martinair MP495 em Dezembro de 1992 no Aeroporto de Faro.
O político, que liderou o PSD/Algarve, foi também presidente da Comissão Regional de Turismo do Algarve, actual Região de Turismo do Algarve entre 1976 e 1979 e dirigiu a AIHSA – Associação dosIndustriais de Hotelaria e Similares do Algarve.
Cabrita Neto, cuja debilidade física era já notória há algum tempo, teve uma das suas últimas aparições públicas no lançamento da reedição do Pentateuco, de Samuel Gacon impresso em Faro em 1487, que teve lugar em Junho deste ano no Seminário de São José em Faro, numa iniciativa liderada por Paulo Neves.
Joaquim Manuel Cabrita Neto era filho de Teófilo Fontaínhas Neto um dos mais proeminentes empresários algarvios, falecido em 1976, republicano e opositor da ditadura do Estado Novo e um dos nomes mais importantes da sociedade de Silves e de Messines onde nasce, bem como da iniciativa empresarial algarvia da sua época.