Lançámos, há dois anos, o programa “UAlg Mais Saudável”, que visa também passar muito desta informação e coproduzir a informação com os agentes da região. A primeira ação que lançámos no âmbito desta programa foi precisamente para a redução do plástico.
A Universidade do Algarve, como é do conhecimento geral, dedica-se bastante à investigação na área do mar, muito ligada também a várias áreas, como à economia, agricultura, informática, saúde e muitas outras. A área do mar, dos recursos aquáticos e os plásticos são preocupações da universidade.
É notório que atualmente existe uma ameaça muito grande aos ecossistemas marinhos. Prevê-se efetivamente que em 2050 exista mais plástico no mar do que peixes, dum ponto de vista muito grosseiro. Uma das principais ações da “UAlg Mais Saudável” foi fazer a campanha “UAlg mais saudável com menos plástico”. No início, foi do conhecimento da investigação dessa área, do impacto que o plástico já estava a ter nas populações marinhas que começámos por fazer ações muito simples que dependiam de nós nas cantinas em que abolimos o plástico ainda muito antes de sair na legislação.
Começámos por reduzir os itens de plástico pequenos, como as palhinhas, as palhetas, os copos e os pratos de plástico; a incentivar o uso das próprias canecas pelos estudantes, pelos docentes, pelos investigadores e funcionários, em que em vez de terem de usar um copo de plástico se queriam ir para fora da cantina ou do bar tomar o seu chá ou seu café, pudessem usar o seu próprio material. Essa foi uma das primeiras ações. Depois fomos selecionadas para financiar um outro projeto “Reciclar plástico é uma arte”, em que o próprio plástico que é necessário usar na universidade é reutilizado dentro da própria universidade pelos alunos de artes plásticas e dos alunos da pós-graduação em prototipagem. E esse é o que estamos a desenvolver atualmente para incentivar precisamente a economia circular e também para reduzir a nossa pegada de plástico enquanto universidade.
Pretendemos igualmente envolver outras entidades. Existem algumas instituições na área da restauração na própria vizinhança da universidade que inclusivamente também aderiram ao projeto e reduziram ou eliminaram mesmo esses itens.
Passámos também por algumas escolas em Faro e Olhão, mas pretendemos que esta campanha “UAlg mais saudável com menos plástico” possa envolver a própria região. Achámos que a universidade tinha a obrigação de dar o exemplo pelo conhecimento que tínhamos do impacto que está a acontecer no meio marítimo.
(CM)