O ministro da Segurança Social, José António Vieira da Silva, afirmou hoje ter como compromisso tornar o número de emergência, 112, acessível às pessoas surdas até ao final do ano.
Vieira da Silva falava à margem de uma cerimónia no Palácio de Belém em que se assinalou o dia nacional da língua gestual portuguesa, tendo ao seu lado a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.
“Neste caso concreto das pessoas com deficiência auditiva, a nossa grande batalha e o compromisso que temos até ao final do ano é tornar acessível o 112, que é um número que é útil para todos os portugueses”, afirmou.
O ministro adiantou que as pessoas surdas serão atendidas “através de um meio com capacidade visual” e terão “do outro lado alguém que possa encaminhar o seu problema, encaminhar a sua situação crítica”.
Esta acessibilidade deverá estar disponível até ao final do ano, reiterou.
O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social referiu que o Governo tem “um programa de trabalhos muito intenso no que toca à inclusão das pessoas com deficiência, nomeadamente através da criação em todo o país de balcões dedicados às pessoas com deficiência”.
A acessibilidade do 112 às pessoas surdas será “mais um passo relevante do ponto de vista da inclusão das pessoas com deficiência”, disse.
Antes, Vieira da Silva saudou a iniciativa do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de assinalar o dia nacional da língua gestual portuguesa com uma cerimónia em que recebeu a Federação Portuguesa das Associações.
Nesta cerimónia na Sala das Bicas do Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a disponibilização de vídeos dos seus discursos com tradução para língua gestual portuguesa e legendagem no portal da Presidência da República.
“Eu gostaria de saudar esta iniciativa que, vinda do senhor Presidente da República, tem um valor simbólico”, afirmou o ministro, acrescentando: “Hoje é o dia da língua gestual portuguesa e é muito importante que isso seja relembrado, mas principalmente relembrado com acções práticas”.
(Agência Lusa)