A Guarda Nacional Republicana (GNR) vai intensificar a partir desta sexta-feira o patrulhamento e fiscalização rodoviária direcionada para os veículos de duas rodas, com especial atenção para as concentrações de motos, informou a guarda.
A Operação “Moto II”, que começa esta sexta-feira e termina no domingo visa, segundo explica a GNR em comunicado, contribuir para a redução da sinistralidade rodoviária, garantir a fluidez do tráfego e apoiar todos os utentes das vias.
A GNR vai focar-se principalmente nos eventos relacionados com motociclos, como a 41.ª Concentração Internacional de Motos no Vale das Almas, em Faro, que começa esta sexta-feira e termina no domingo.
Patrulhamento intensificado durante o fim de semana
De acordo com a guarda, está previsto um aumento significativo do volume de tráfego de motos nos principais eixos rodoviários de acesso à região do Algarve, o que vai implicar um reforço no patrulhamento.
“Pela sua dimensão e exposição mediática, constituem-se como eventos que geram um grande afluxo e concentração de participantes e de espetadores, gerando constrangimentos de relevo à normal circulação rodoviária nos principais eixos rodoviários e nos acessos diretos às zonas de espetáculo”, refere a GNR.
Concentração deve acolher apenas 15.000 amantes das 2 rodas
A 41.ª concentração internacional de motos de Faro começou esta quinta-feira no Algarve com a organização à espera de acolher apenas 15.000 inscritos, devido a uma redução na área de acampamento imposta pelas autoridades, disse o presidente do Motoclube de Faro.
José Amaro referiu à agência Lusa que “a expectativa é sempre grande relativamente à concentração de Faro”, que se prolonga até domingo, e explicou que este ano a organização, a cargo do Motoclube de Faro, com o apoio da Câmara, foi “obrigada pelas entidades a reduzir um pouco o espaço do acampamento” por questões ambientais.
“Tivemos que fazer isto para 15.000 inscrições, mas, de qualquer maneira, esperamos que seja uma boa concentração, a exemplo dos anos anteriores”, afirmou o presidente do motoclube algarvio.
José Amaro esclareceu que as limitações se prendem com a necessidade de proteger um cordão dunar numa área que integra o Parque Natural da Ria Formosa. A organização discorda da decisão.
“Aquilo pertence ao parque e foi [imposta a limitação] no pressuposto de defender as dunas. Ora, naquele local onde proíbem acampar não existem absolutamente dunas nenhumas, não existe ali nada para se proteger e, se houvesse alguma coisa, nós protegeríamos, como sempre protegemos, e como sempre limpámos aquele terreno ao longo destes 40 anos”, justificou.