Um ‘caçador de fósseis’ de nove anos de idade teve a descoberta de sua vida quando encontrou um fóssil de uma amonite com 200 milhões de anos, numa praia no Vale de Glamorgan, no País de Gales.
Era um domingo normal em que Eli passeava com o pai em busca de vestígios do passado. No final do passeio, saiu-lhe a “sorte grande” nas falésias do período Jurássico.
O pequeno “caçador de fósseis” conta à BBC, que viu a amonite em cima de um penhasco e reparou numa marca diferente: “Eu estava sentado aqui e olhei para cima e pensei ‘Oh meu Deus, isso é grande!'”
A rocha é formada por uma mistura de calcário e argilito, chamada formação de lioz azul.
O professor de geografia física da Universidade de Swansea, Nick Felstead, fez a avaliação e concluiu que se trata de uma amonite. O especialista acredita que este fóssil tenha 200 milhões de anos, mais 134 que os 66 milhões que Eli e o pai estimaram inicialmente.
“O fóssil encontrado por Eli é uma amonite, que era um tipo de molusco intimamente relacionado a polvos, lulas e chocos, que é um achado raro em Llantwit Major”, diz. “Podemos ver que as câmaras internas que teriam sido usadas para a flutuação da amonita foram preenchidas com quartzo durante a fossilização, o que é ainda mais raro e torna esta especialmente bonita”, conclui.
Os dois colecionadores de fósseis já somam alguns vestígios de dimensões mais pequenas e costumam espalhá-los pela casa. A partilha pela mesma paixão une pai e filho em busca de pedaços de história.
“Eu gosto das formas e das texturas. É simplesmente incrível.”, diz Eli.
O pai, Glen Morris, confessa que, com a mesma idade, também era apaixonado por esta atividade.
“Na idade dele, eu também gostava de dinossauros e rochas, portanto, devo ter-lhe passado isto”, conta.
Apesar de seu dom para encontrar preservações pré-históricas, Eli não quer ser paleontólogo quando ficar mais velho. “Quero ser jogador de futebol”, disse.