Uma capital de distrito, como Faro, exige a montante da acção uma escuta activa da cidade para a concretização de um planeamento estratégico. Nesse sentido, a candidatura que lidero para as próximas autárquicas, FARO merece MAIS, tem vindo a realizar nos últimos meses um processo de construção de um programa participado. Até ao momento ouviram-se os agentes económicos, as instituições sociais, as associações culturais, as escolas, a sociedade civil, as pessoas, os seus desejos e ambições para o concelho, para sentir o pulso e o pulsar de Faro.
Como forma de estar na política defendo que se decide e planeia melhor ao ouvir os outros. A proposta com que me apresento aos farenses tem como base um plano integrado de desenvolvimento para o concelho, que em nosso entender constituí um desígnio vital para delinear o futuro, que não pode estar dependente unicamente de dinâmicas externas, tem de ser Faro a decidir o seu próprio caminho! O concelho, a cidade e as freguesias rurais têm de ser planeadas de forma provisional – que equipamentos e infra-estruturas precisam para afirmar a sua coesão, para serem competitivos num quadro global de desenvolvimento que se quer participado, inclusivo e sustentável. O Município deve ser o principal agente impulsionador desse desenvolvimento.
Finalizar o PDM e apostar no ordenamento do território
Nesse âmbito, a minha candidatura propõe finalizar a revisão do Plano Director Municipal, dando-lhe o enfoque estratégico necessário à superação dos desafios que se colocam ao ordenamento do território e às suas particularidades, com especial enfoque na frente marítima, nas localidades do barrocal e nas áreas críticas de ocupação, com importante dimensão social por solucionar.
Ainda numa estratégia de ordenamento do território e de captação de investimento privado suportado em fundos comunitários, propõe-se a delimitação de duas ARU’s (Área de Reabilitação Urbana) para Estoi e para Santa Bárbara de Nexe e de um plano de pormenor para a zona industrial do Bom João, que devem expressar a melhor solução para o concelho, de forma integrada, contemplando todas as dissensões das problemáticas existentes, da ambiental à social, da económica à ecológica. Esta área deve integrar uma solução global para aproximar a cidade à Ria Formosa, contemplando toda a frente ribeirinha, não sendo uma solução ocasional, sem qualquer sustentabilidade, fruto da imaginação e desejo de um ou dois actores locais. Faro merece mais sustentabilidade.
A acção social como prioridade numa gestão com as pessoas e para as pessoas
Outra área que a nossa candidatura terá como prioritária na intervenção, porque é uma forte bandeira socialista, será a área social, abandonada pelo actual executivo, com medidas exemplares ao nível da habitação, no apoio ao arrendamento, nas medidas de apoio às famílias que se cruzam com a saúde e educação, entre outras. Esta é claramente uma opção ideológica, de vontade e prioridade política que faz a diferença na vida das pessoas e no bem-estar social colectivo. Contrariando a política do actual executivo que priorizou a sua autopromoção e não um desenvolvimento sustentável, onde as pessoas e as suas necessidades foram esquecidas. Nos últimos anos, o Município não fez o devido investimento nas escolas, negligenciou-se a frota de transportes escolares, desinvestiu-se na formação e não se criaram condições de igualdade de oportunidades das nossas crianças e jovens.
A cultura e a educação como base conjunta do desenvolvimento
Outra área que a candidatura do Partido Socialista à Câmara de Faro que lidero quer trabalhar de forma transversal é a Cultura, nomeadamente o Património Cultural na sua relação com a contemporaneidade e entendido como um factor potenciador de gerar emprego e economia, apresentando propostas concretas de ligação com a educação, através da criação de um programa integrado de Educação para a Cultura; com o turismo, partindo da investigação e preservação do património, para reforçar a identidade cultural, promover novas vivências e criar roteiros temáticos de valorização do património cultural material e imaterial. Nesta área é premente realizar um trabalho de proximidade com os fazedores de cultura – associações, colectividades, artistas, artesãos – de todo o concelho, valorizando a nossa identidade e, simultaneamente, contribuindo para fixar massa crítica e criadores, desenvolvendo condições para a atracção de indústrias culturais e criativas.
Apostar na qualidade de vida dos farenses
A qualidade de vida dos nossos munícipes é uma prioridade, nesse sentido a reabilitação urbana, o tratamento dos espaços verdes e do espaço público, as acessibilidades e a mobilidade são factores essenciais que merecem uma atenção cuidada, pois está claramente à vista de todos que nestes últimos oito anos não foram uma prioridade do actual executivo municipal.
Um executivo que se escondeu atrás de questões orçamentais que serviram para ocultar posições ideológicas, bem como, para justificar a inércia de quem não pensou o concelho de forma estratégica.
Porque FARO merece MAIS estas são apenas algumas linhas estratégicas da candidatura do Partido Socialista que lidero à Câmara Municipal de Faro e que coloca as pessoas, o seu bem-estar e a sua qualidade de vida em primeiro lugar nas opções governativas.