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O economista marroquino Driss Guerraoui
Sociedade

Estudo mostra que cerca de 92% dos marroquinos tem boa imagem de Portugal

Sobre a perceção do nível de desenvolvimento de Portugal, Guerraoui salientou “qualquer coisa de extraordinário” pela negativa, uma vez que 22,6% dos inquiridos vê o país como em vias de desenvolvimento e 21,8% como desenvolvido.

11:24 25 Fevereiro, 2023 11:24 25 Fevereiro, 2023 | POSTAL
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Um estudo do economista marroquino Driss Guerraoui, publicado em livro e apresentado quinta-feira em Lisboa, mostra que cerca de 92 por cento dos homens e mulheres de Marrocos entrevistados tem uma “imagem positiva” de Portugal.

O livro, intitulado “Le Maroc et le Portugal — Regard Croisés” e apresentado na Academia das Ciências de Lisboa, de que Guerraoui é membro, baseia-se num estudo das representações que os marroquinos têm dos portugueses e vice-versa, através de um inquérito realizado em Marrocos a uma amostra representativa de homens e mulheres.

Numa entrevista à agência Lusa, Guerraoui, que tem mais de duas dezenas de publicações de cariz económico, a “afeição e amor” dos marroquinos por Portugal é explicado pelos próprios marroquinos pela hospitalidade do povo português e pela beleza do país, embora outros parâmetros indiciem que há ainda muito caminho a percorrer para colmatar uma maior aproximação luso-marroquina, “a todos os níveis”.

Para o também membro da Academia do Reino de Marrocos e atual professor na Universidade Mohamed V, em Rabat, outros dados do estudo, publicado no livro de 262 páginas da editora francesa L’Harmattan, relevam que a maneira como os marroquinos conhecem Portugal e os portugueses é, contudo, muito variada.

Segundo Guerraoui, 37,75% dos marroquinos conhece Portugal e os portugueses através da escola, 33,25% graças ao passado colonial (1415-1769), 22% graças à imprensa, 3,4% através do trabalho e 3,25% graças ao desporto, sobretudo futebolistas, desde os antigos internacionais Eusébio e Figo ao atual Cristiano Ronaldo.

“Curiosa”, sublinhou o autor, que já foi também conselheiro de vários primeiros-ministros marroquinos (1988/2011) e secretário-geral do Conselho Económico, Social e Ambiental (2011/2018), é a perceção “dúbia e dividida” que os marroquinos têm sobre a colonização portuguesa, que a têm em melhor conta do que a francesa e espanhola.

“Dos entrevistados, 45,5% tem uma visão positiva da colonização portuguesa e os restantes 54,5% tem uma imagem negativa. Há explicações contraditórias, mas terá de se ter em conta que nenhum marroquino gosta de qualquer colonização, o que explica o valor de 54,5% negativos”, sublinhou o também antigo presidente do Conselho da Concorrência de Marrocos entre 2018 e 2020.

“Mas praticamente a mesma proporção [dos marroquinos entrevistados] tem uma perceção positiva, que se deve à natureza da colonização portuguesa de Marrocos que, apesar dos momentos de conflito armado e de violência, é considerada, no conjunto, uma colonização com uma visão serena e racional, não dominadora, que não visava a exploração ou a privação, e onde a tolerância religiosa acabou por ser mais importante que o comércio”, argumentou.

Sobre a perceção do nível de desenvolvimento de Portugal, Guerraoui salientou “qualquer coisa de extraordinário” pela negativa, uma vez que 22,6% dos inquiridos vê o país como em vias de desenvolvimento e 21,8% como desenvolvido.

“Há muito trabalho a fazer para que, sobretudo os jovens, estudem os indicadores de desenvolvimento. Eu estou impressionado pelo nível de desenvolvimento económico de Portugal, mas há um desconhecimento grande dos avanços reais de Portugal em Marrocos”, afirmou.

Quanto à imagem e à perceção que os marroquinos têm do regime político português, a grande maioria (62,3%) considera Portugal um país “democrático e pluralista”, enquanto uma minoria (0,8%) o vê como um Estado “ditatorial”, sendo expressiva a percentagem dos inquiridos que não tem opinião (39%).

“O estudo revelou que Marrocos e Portugal têm a necessidade de uma visão comum sobre o futuro das suas relações, de criar uma vontade partilhada e uma estratégia apropriada para que se possa aprofundar relações que têm uma herança comum de séculos. Tem de se construir uma parceria entre as novas gerações, nomeadamente económicas, sociais, culturais e securitárias“, sustentou.

Sobre o livro, Guerraoui salientou que constitui um “contributo para a análise de preconceitos, ideias acolhidas e estereótipos, que muitas vezes são fonte de mal-entendidos, barreiras e obstáculos a construções comuns entre os povos”.

O livro apresenta também testemunhos de personalidades marroquinas e portuguesas do mundo da cultura, das artes, do conhecimento, da economia, da política, da diplomacia e da sociedade civil.

Nesse sentido, no livro estão opiniões de várias personalidades portuguesas e uma de Cabo Verde, como o duque de Bragança, D. Duarte, António Rebelo de Sousa (professor na Universidade Lusíada), Paulo Neves (deputado do Partido Social Democrata — PSD), Alexandra de Cadaval (diretora do Évora África Festival), José Alberto Alegria (cônsul honorário de Marrocos no Algarve) e Ângela Sofia Benoliel Coutinho (escritora cabo-verdiana, especialista em História dos Judeus Africanos de Origem Marroquina).

No livro, Guerraoui escreve um posfácio em homenagem póstuma a Manuel Pechirra, o antigo presidente do Instituto Luso-Árabe de Cooperação que morreu em setembro de 2020, em que o autor destaca o “amor pelo mundo árabo-muçulmano” e, em particular, por Marrocos.

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