A electrificação da linha ferroviária do Algarve, num total de 102 quilómetros, vai ficar concluída até 2020, num investimento global de 33,6 milhões de euros, disse hoje o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
“Nas próximas semanas vamos lançar os concursos dos estudos e projectos necessários e queremos que a obra fique concluída um ano mais cedo do que inicialmente previsto, ou seja, até ao final de 2020”, afirmou aos jornalistas Pedro Marques, à margem da apresentação do projecto, em Portimão.
De acordo com o governante, trata-se de uma obra muito complexa – não havendo ainda projectos para a sua execução -, mas “muito importante e ansiada para a mobilidade da região”.
“O que viemos dizer hoje, de forma clara, é que este compromisso que o Governo inscreveu nos mapeamentos europeus para o investimento da electrificação da linha do Algarve e que era intermitente em governos anteriores [vai avançar], e que prevemos que os trabalhos fiquem concluídos durante o ano de 2020”, destacou.
Empreitada de electrificação tem o valor global de 33,6 milhões de euros
A empreitada de electrificação da linha ferroviária do Algarve tem um valor global de 33,6 milhões de euros, dividindo-se os trabalhos pela electrificação dos troços Tunes-Lagos (14 milhões) e Faro-Vila Real de Santo António (18 milhões). Para a sinalização e outros trabalhos estão destinados cerca de 1,6 milhões de euros, segundo noticiou a Agência Lusa.
O Governo estima que os projectos de electrificação e os estudos ambientais tenham início ainda durante o mês de Janeiro, apontando para o terceiro trimestre deste ano a abertura do concurso para a empreitada de concepção/execução da ampliação da subestação de tracção eléctrica de Tunes.
O lançamento dos concursos das empreitadas de electrificação está previsto para o terceiro trimestre de 2018.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas disse ainda que o projecto da ligação ferroviária ao aeroporto de Faro é uma das suas prioridades, sendo considerado de extrema importância por autarcas, empresários e responsáveis do turismo da região.
“Não sabemos se isso é possível do ponto de vista ambiental. Nos próximos meses vamos lançar o Estudo de Impacte Ambiental e, se for possível do ponto de vista ambiental e de intermodalidade entre a rodovia e a ferrovia, esse investimento terá de ser perspectivado para ser realizado depois da electrificação da linha do Algarve”, indicou Pedro Marques.