O deputado do Chega na Assembleia Municipal de Lisboa Bruno Mascarenhas chamou esta terça-feira a polícia à reunião deste órgão e apresentou queixa contra o independente eleito pela coligação PS/Livre Miguel Graça, que o acusou de racismo e xenofobia.
Cerca das 16:45, constatou a Lusa no local, dois agentes Polícia de Segurança Pública (PSP) entraram na sala onde decorre a reunião, no Fórum Lisboa, tendo momentos depois saído acompanhados do deputado municipal do Chega.
Na altura, os deputados questionaram o que se estava a passar e a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), Rosário Farmhouse (PS), decidiu interromper os trabalhos para esclarecer a situação.
Minutos depois, o deputado do Chega voltou a entrar na sala e disse à Lusa que chamou a PSP para apresentar “uma denúncia” contra o deputado Miguel Graça, que o acusou de fazer uma intervenção racista e xenófoba.
Antes, Bruno Mascarenhas saudou as notícias de que a decisão de construir uma mesquita no Martim Moniz vai ser repensada: “A câmara entendeu que, realmente, era um perigo para a cidade que haja ali a questão do Islão radical”.
“Uma coisa é acolher bem quem cá vem, outra coisa é defender a política de guetos, porque a multiculturalidade não é mais do que defender a política de guetos”, afirmou o deputado do Chega.
Fazendo uma interpelação à mesa da assembleia, o deputado Miguel Graça considerou que a intervenção do Chega foi “uma declaração racista e xenófoba”, alertando que “o racismo é crime em Portugal” e pedindo para que o excerto da ata com a intervenção de Bruno Mascarenhas seja enviado à Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR).