Questão:
“Ainda existem bancos que não cobram comissões de manutenção de contas à ordem?”
A DECO responde…
Nos últimos anos tem-se verificado um aumento crescente dos custos associados a contas à ordem.
Muitas das instituições bancárias que não cobravam despesas de manutenção, passaram a fazê-lo e, aquelas que já o faziam, subiram os preços. E ainda que na conta não haja movimento de dinheiro e não seja utilizado nenhum produto ou serviço, a cobrança ocorre.
Os aumentos verificados vão agravando-se ao sabor dos critérios de cada banco. Por outro lado, se estes no passado não aplicavam custos a algumas situações, essas isenções são cada vez menores. Por exemplo, já de pouco ou nada adianta reforçar o envolvimento através da contratação de mais produtos e serviços ou manter os saldos elevados. Mesmo as contas-ordenado, até agora isentas, são actualmente alvo de ataque – algumas instituições criaram regras adicionais para concederem a isenção, outras começaram simplesmente a cobrar, e ainda há aquelas que já nem dispõem dessas contas.
Neste panorama de generalização e subida de custos, os bancos online continuam a ser dos poucos bastiões das isenções. A estes, juntam-se três excepções na banca tradicional, que reforçam o entendimento de que as comissões de manutenção não são uma inevitabilidade. Junto dos que cobram, verifica-se que os consumidores pagam, em média, mais de €61 por ano, ou seja, mais de €5 ao mês.
Além disso, os custos dos cartões de débito, necessários para utilizar as contas à ordem, sofreram aumentos elevados nos últimos anos, sendo que o valor médio da anuidade já atinge os €15,27. A este custo, somam-se os cobrados pelos cartões de crédito e pelas transferências bancárias, num total que pode atingir os €230 por ano, se as operações forem realizadas ao balcão.
A DECO considera necessário estabelecer limites aos custos dos produtos bancários e que as comissões apenas devem ser cobradas por serviços efectivamente prestados, continuando a aguardar resultados das propostas legislativas em discussão no Parlamento.