O quarto Congresso dos Jornalistas arranca hoje, depois de um hiato de quase 20 anos, sob o mote “Afirmar o jornalismo”, contando com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sessão de abertura.
O evento, que tem lugar no cinema São Jorge, em Lisboa, decorre entre hoje e domingo.
A conferência inaugural contará com Michael Rezendes, jornalista norte-americano, com prémio Pulitzer de Serviço Público em 2003 pelo trabalho no The Boston Globe, enquanto orador convidado.
Na sexta-feira será debatido durante manhã o estado do jornalismo, decorrendo uma mesa redonda de directores de media.
À tarde, o ensino, o acesso à profissão e a formação profissional e a regulação, ética e deontologia serão os temas em destaque, culminando o dia com o lançamento do livro “Tudo por uma boa história”, obra que incluiu relatos de 40 repórteres.
No sábado, as condições de trabalho dos jornalistas, novos projectos, a viabilidade económica e os desafios do jornalismo e o jornalismo de proximidade e a profissão fora dos grandes centros são os assuntos em debate.
No domingo, último dia do congresso, que abordará o tema “afirmar o jornalismo, independência e credibilidade” e ainda as “assessorias”, o encerramento, sob o mote “E agora?”, irá reunir um painel de representantes dos accionistas dos órgãos de comunicação social, da tutela e das organizações representativas do sector.
A presidente da comissão organizadora do congresso, Maria Flor Pedroso, espera que o evento seja “um ponto de partida” para “começar qualquer coisa diferente”, tendo considerado que “só se pode esperar aquilo que os jornalistas queiram que se reflicta” no evento.
Conforme explica a Agência Lusa, ao contrário dos três congressos anteriores, o deste ano conta com as três organizações de jornalistas – Sindicato dos Jornalistas, Casa de Imprensa e Clube de Jornalistas -, o que para Maria Flor Pedroso é “uma novidade absoluta”.
Os três congressos anteriores tinham sido promovidos exclusivamente pelo Sindicato dos Jornalistas.