Na madrugada de hoje, 10 de Julho, foi pintado mais um traço duplo continuo na EN 125, no troço Albufeira-Guia, ao quilómetro 69. Comerciantes mostram-se indignados com esta marcação, considerando que “tal como em outros locais da mesma via, não foram tomados em consideração os impactos para os utentes, comerciantes ou cidadãos que habitam junto da via”.
Não existe nenhuma zona de viragem no troço de estrada com mais de dois quilómetros e no caso da empresa Alfa Garden Center Lda. – Quinta da Ataboeira, os clientes que queiram aceder ao espaço, vindos de Faro, têm de percorrer mais 3150 metros e, se vierem de Portimão, percorrem 4300 metros.
Gerente do Alfa Garden Center tem receio de perder os clientes
O gerente da empresa, João Cabrita, mostra-se preocupado com situação. “Muitos dos nossos clientes simplesmente vão deixar de visitar este espaço e obviamente que isto terá um enorme impacto no desempenho e volume de negócios da nossa empresa que emprega neste momento quatro pessoas, estando a ser preparando o seu crescimento para um futuro próximo”.
João Cabrita dá o exemplo dos camiões articulados, através dos quais recebem as mercadorias, que “não conseguem neste momento aceder ao espaço, em virtude do ângulo de viragem, sendo forçados a ultrapassar o contínuo, interrompendo o trânsito”.
Para João Cabrita o troço tem zonas de boa visibilidade e “não se justifica esta sinalização. Neste momento, caso circulem veículos de tracção animal, tractores, retro-escavadoras, ciclistas ou motociclos (veículos de velocidade reduzida), temos uma extensão superior a seis quilómetros, sem um único ponto de ultrapassagem”. O gerente do Alfa Garden Center Lda. está preocupado com a situação e revela ainda que “há casos, como um espaço de restauração junto ao Algarve Shopping, em que o desvio chega quase aos sete quilómetros”.
Número de atropelamentos pode vir a aumentar
Um grande receito do comerciante é que o número de atropelamentos nesta zona venha a aumentar. “Penso que alguns clientes vão optar por atravessar a estrada a pé, pois não existe nenhuma ponte aérea pedonal e isso pode dar origem a muitos acidentes nesta zona da EN125″.
“Só na manhã de hoje o número de infracções observadas por mim, em frente ao nosso estabelecimento, ultrapassa os dedos de uma mão. E só estamos abertos desde as 8 horas”.
João Cabrita pede ajuda para reverter a situação, de forma a possibilitar aos clientes o acesso e retorno ao estabelecimento, com mais segurança e sem transtornos de maior.
(Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire)