Luís Gomes e o PSD mostraram ao que vinham e que concretizaram ao longo destes anos
P – Afastado da chefia do executivo municipal há vários mandatos, que argumentos tem a CDU para convencer o eleitorado a apoiar um seu regresso ao poder?
R – Os três mandatos em que a CDU foi chamada a assumir a presidência da câmara são a melhor credencial para apresentar aos vila-realenses. A população sabe bem que a gestão da CDU em VRSA é sinónimo de trabalho, honestidade, competência, transparência e rigor, tudo o que não tem existido durante estes últimos mandato.
P – Que avaliação faz dos 16 anos de gestão do PSD?
R – Muito negativa. Logo, no dia da posse, Luís Gomes e o PSD mostraram ao que vinham e que concretizaram ao longo destes anos, com grande sofrimento das populações: privatizações, um enxame de supermercados que deram um golpe profundo nas micro, pequenas e médias empresas e no comércio local, encerramento de empresas, despedimentos e a criação de uma empresa municipal que até se quis tornar gestora de serviços em concelhos limítrofes. As consequências estão à vista e basta constatar que, ao fim destes sucessivos mandatos do PSD, hoje temos um município com uma das maiores dívidas do país, uma das mais elevadas cargas fiscais sobre a população, refém de vários programas de recuperação financeira, sem obra nem projeto global que enquadre um desenvolvimento a favor das populações.
P – Que avaliação faz dos 16 anos de gestão do PSD?
R – Muito negativa. Logo, no dia da posse, Luís Gomes e o PSD mostraram ao que vinham e que concretizaram ao longo destes anos, com grande sofrimento das populações: privatizações, um enxame de supermercados que deram um golpe profundo nas micro, pequenas e médias empresas e no comércio local, encerramento de empresas, despedimentos e a criação de uma empresa municipal que até se quis tornar gestora de serviços em concelhos limítrofes. As consequências estão à vista e basta constatar que, ao fim destes sucessivos mandatos do PSD, hoje temos um município com uma das maiores dívidas do país, uma das mais elevadas cargas fiscais sobre a população, refém de vários programas de recuperação financeira, sem obra nem projeto global que enquadre um desenvolvimento a favor das populações.
P – O que teria sido diferente numa gestão da CDU neste período?
R – Não teríamos privatizado a água e o valor da fatura seria mais baixo; não teríamos estacionamento pago nas nossas ruas e o comércio tradicional no centro da cidade não seria prejudicado; não teríamos deixado de investir e de manter os equipamentos de recolha de lixo e teríamos mantido o serviço na esfera pública, e teríamos hoje ruas limpas; não teríamos tomado as decisões danosas que prejudicaram o desenvolvimento do nosso concelho e pelo qual hoje pagamos taxas e tarifas altíssimas, incluindo o IMI que é o mais alto do país.
Só com mais força dada pelos eleitores poderemos ultrapassar estes obstáculos
P – A CDU fala na necessidade de sanear as contas e do desagravamento das taxas e tarifas. Junta-se às vozes que falam em bancarrota?
R – Nas autarquias não se pode falar em bancarrota, pois há mecanismos que a evitam. Falamos sim num desastre financeiro e social encapotado porque, apesar das nossas insistências por mais transparência, as contas são manipuladas até que tudo esteja consumado e nada se possa fazer para evitar o desastre. A CDU esteve sempre na linha da frente, exigindo contas certas e transparentes, comunicando com a população, denunciando as más opções. Por diversas vezes durante estes últimos mandatos exigimos que fosse realizada uma auditoria externa à Câmara Municipal e à empresa SGU, sempre negada pela maioria PSD. Por outro lado, acreditamos que a recuperação financeira da autarquia passa pela renegociação de contratos e empréstimos, pela internalização de serviços que hoje a câmara paga a terceiros e pelo desagravamento das taxas e tarifas, de modo a permitir maior investimento privado e dessa forma aumentar as receitas públicas e emprego no concelho.
P – Que propostas para sanear as contas? Que projetos para o futuro?
R – A diversificação da atividade económica é fundamental, sempre defendemos. Esta pandemia mostrou que não podemos viver apenas do turismo e é necessário criar alternativas na indústria naval, alimentar, nas pescas. Há um instrumento de grande qualidade que pode e deve ser usado para o desenvolvimento do concelho, embora necessite de correções ditadas pela evolução dos tempos. Falo do PDM original, o oitavo que existiu a nível nacional, de iniciativa da CDU e aprovado por todas as forças políticas, que dá enquadramento às questões fundamentais do desenvolvimento do concelho, na agricultura, pescas, turismo, indústria, mobilidade, relações com o centro do Algarve e com a Andaluzia, cujo desenvolvimento dinâmico e atualizado permitiria a superação do desastre para onde fomos arrastados. Mas só com mais força dada pelos eleitores poderemos ultrapassar estes obstáculos.
Temos a firme esperança de que a população nos irá chamar outra vez a presidir a câmara
P – Que perspetivas eleitorais tem para VRSA?
R – Todas. Nesta hora conturbada em que vivemos, a população começa a compreender que a sua estabilidade social, o ritmo certo e crescente do desenvolvimento, só se consegue com uma força política que coloque as pessoas em primeiro lugar, coloque os fundos municipais no apoio a projetos de crescimento que tragam emprego certo, assente em trabalho bem remunerado e faça crescer a economia do concelho. O facto de não termos agora a maioria não significa que ela não esteja ao nosso alcance.
A CDU, com PCP, os Verdes e muitos independentes que apoiam as causas do progresso no desenvolvimento humano, tem um projeto alternativo que não esquece os problemas da habitação, da limpeza, do apoio às instituições sociais, da cultura e recreio e outras importantes áreas da competência das autarquias.
Quem vota em nós não é traído. Acreditamos que somos a alternativa real e credível e temos a firme esperança de que a população nos irá chamar outra vez a presidir a Câmara Municipal.