A Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo vai promover durante um mês e meio em todo o país rastreios gratuitos ao cancro do cólon e do recto, doença que mata 11 pessoas por dia em Portugal.
A Europacolon, em associação com uma rede privada de laboratórios, vai realizar o exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes em 300 postos de colheita espalhados em território nacional.
Os exames, que são simples e não invasivos, irão poder ser realizados entre 1 de Outubro e 15 de Novembro em postos de colheita da rede de laboratórios Germano de Sousa.
As pessoas que manifestem interesse são submetidas a um inquérito para se verificar se cumprem os critérios de inclusão no rastreio gratuito, cumprindo as normas estabelecidas pela própria Direcção-Geral da Saúde, explicou à agência Lusa o presidente da Europacolon Portugal, Vítor Neves.
A cada dia em Portugal morrem 24 pessoas de cancro digestivo, 11 deles devido a cancro colo-rectal.
“Estas mortes podem ser travadas. Há que alterar esta realidade, através do diagnóstico precoce. Continua a não existir rastreio de base populacional em Portugal”, afirmou Vítor Neves.
O representante dos doentes diz reconhecer a boa vontade do Ministério da Saúde, que em Abril publicou um despacho a determinar rastreios de base populacional nas áreas do cancro da mama, do cancro do colo do útero, do cancro do cólon e recto e da retinopatia diabética, garantido o início da sua real efetivação até ao dia 31 de Dezembro deste ano.
Contudo, a Europacolon diz ter contactado há cerca de um mês todas as administrações regionais de Saúde para aferir o ponto de situação da operacionalização destes rastreios, sem ter recebido resposta até ao momento.
A Associação de Doentes vai ainda lançar a partir de hoje e até domingo um peditório nacional para ajudar a financiar uma nova unidade de rastreio e diagnóstico do cancro digestivo da própria Europacolon, com o objectivo de ajudar a reduzir as mortes por este tipo de cancro.
(Agência Lusa)