António Eusébio é o nome escolhido pelo PS para o embate das autárquicas na capital de distrito e lançou a sua campanha para as eleições de 1 de Outubro na passada sexta-feira em Faro.
O líder da Federação regional do PS, deputado à Assembleia da República e ex-autarca de São Brás de Alportel ao longo de três mandatos consecutivos, afirmou aos farensesna apresentação da candidatura que “Faro merece Mais!”, um lema para o político que acredita “que pode fazer mais e melhor pela cidade”.
António Eusébio fala de mitos e desconstrói-os
Para o candidato do PS a actual liderança da autarquia, uma coligação encabeçada pelo PSD, “assenta a sua governação em três mitos” que “importa clarificar”:
Desde logo, refere o político, “o mito da dívida que a oposição deixou”, considerando que, “nos últimos 16 anos, o PS só esteve quatro na Câmara”, eximindo assim o PS da situação de causador do problema e sublinhando que “de facto, foi com a governação do PS que houve investimento em Faro, que vimos serem aproveitados os fundos comunitários para a construção do Mercado Municipal, do Teatro Municipal, de alguns Jardins de Infância, onde hoje, os nossos filhos têm a oportunidade de ficar e aprender mais”.
Como segundo mito da coligação à frente da autarquia o líder do PS/Algarve refere “o mito de endireitar as contas, de poder baixar os impostos e de poder fazer mais obra” e sobre esta questão lembra que “desde 2013 que os Farenses pagaram os impostos à taxa máxima”, que “a Câmara já podia ter baixado os impostos, nomeadamente o IMI. Mas não o fez” e chama a atenção para o facto de que “se este ano todos pagamos menos IMI, mas isso deve-se à imposição do OE2016 em baixar o IMI em 10% em todo o País, e não à Câmara Municipal de Faro”.
António Eusébio promete baixar o IMI
“É uma questão de prioridades, e é uma questão de ideologia”, remata o candidato sobre a questão da redução do IMI e promete: “comigo o IMI será mais baixo em Faro, não sendo preciso ser uma imposição do Orçamento de Estado”.
O que se fez na cidade e o terceiro mito apontado por António Eusébio
Quanto ao que se fez de obra de relevo em Faro, o candidato socialista refere que “a circular entre o aeroporto e a EN 125 m direcção a Olhão, foram um investimento do Estado através Infraestruturas de Portugal” e relembra que “o parque ribeirinho e o parque de estacionamento exterior da Praia de Faro, bem como, Passadiço para praia, tiveram na base a constituição do capital social da sociedade Polis, no tempo do José Apolinário”, e que “a restante contrapartida é investimento do Estado – Ministério do Ambiente”.
Tudo para concluir que “como praticamente não se fez nada durante o mandato que agora termina, surge o 3º mito: a cidade parou por culpa da oposição”.
Sobre esta matéria António Eusébio é peremptório: “não, a cidade parou porque a Câmara não cumpriu as regras impostas pelo anterior governo do seu próprio partido, no que respeita ao endividamento. Curiosamente, durante três anos, ninguém ouviu alguma queixa por parte do presidente da Câmara”.
“Mas, após a mudança do Governo”, relembra António Eusébio, “o mesmo presidente, sem cumprir a lei, sem amortizar a dívida e sem justificar ao Governo a importância e prioridade das obras, resolveu anunciar por todo o concelho o chumbo dos investimentos que ainda nem estavam no Orçamento da Câmara”.
“Este mês, surgiu a mesma manobra de diversão com a revisão orçamental. Não tendo a maioria da Câmara, em vez de arranjar propostas consensuais, para rapidamente iniciar os investimentos que a cidade merece, não o fez”, remata o candidato que afirma, “notoriamente, fazem propostas para gerarem polémica”.
Por tudo isto António Eusébio propõe aos farenses uma mudança de rumo apostada numa governança assente no compromisso, na participação e na responsabilidade partilhada, tendo em vista a sustentabilidade das políticas apostadas na coesão e desenvolvimento territorial assente na competitividade.
Desafio que o candidato defende imperativos urgentes porque “Faro não pode continuar à espera” e precisa de “uma gestão responsável” que tenha por base “uma candidatura para e com os Farenses”, a que preconiza.