O advogado/jurista Jorge Loureiro é o rosto escolhido pela coligação que une CDS-PP, MPT e PPM para assumir a liderança da lista de candidatos à Câmara de Albufeira.
Aos 52 anos o desafio é obter o melhor resultado possível quando no domingo, 1 de Outubro, os eleitores de Albufeira forem às urnas decidir o futuro do concelho.
Entre as variadas propostas e preocupações que definiu nas respostas dadas às questões do POSTAL destaque para a necessidade de equilibrar os interesses de estabelecimentos, turistas e residentes no concelho.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Jorge Loureiro (JL): A minha candidatura é sustentada num primado e num ideal. Num primado, porque assenta em valores superiores inerentes à causa pública. Num ideal, porque importa mudar, definir e traçar um rumo que materialize, sólida e eficazmente, um serviço público de excelência para o concelho de Albufeira. Por isso, me candidato. A minha motivação encontra-se essencialmente sedimentada na determinação de querer fazer melhor para, e pelo, o município de Albufeira. Na necessidade de me insurgir contra situações desagradáveis que descredibilizam, não dignificam o concelho e atentam contra a tranquilidade da população em geral e dos munícipes em particular. Esta candidatura à Câmara Municipal de Albufeira é alicerçada na mudança, no crescimento e na elevação de uma cidade com futuro. Ambiciona um concelho rejuvenescido, aprazível e acolhedor. A vontade, a tenacidade e a persistência fazem parte do meu elenco de conduta. Haverá melhor razão do que a procura incessante do bem-estar da população?
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
JL: Na educação, a inexistência de um Conselho Municipal de Educação e de um Plano Estratégico Educativo Municipal. Na saúde, insuficiência de médicos no Centro de Saúde.
Nos transportes, o Giro não contemplar todas as freguesias do concelho.
Na limpeza, a notória incapacidade dos serviços em manter o concelho limpo e salubre.
No turismo, inexistência de horários de funcionamento adequados à natureza dos estabelecimentos do concelho e ausência de consenso no legítimo equilíbrio de interesses entre estabelecimentos, turistas e residentes.
No emprego, dinamização muito residual face à criação de emprego e de empresas.
Nos serviços municipais, falta de articulação e agilização nas diversas unidades orgânicas e morosidade nas decisões e respostas aos munícipes.
Na segurança, não implementação de câmaras de video-vigilância nas zonas inseguras de maior tráfego rodoviário e pedonal.
Nos mercados municipais, falta de dinamização dos espaços e a sua desertificação. Entre muitos outros!
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
JL: Por uma questão partidária, pessoal e de causa pública. Por uma questão partidária porque o CDS-PP apresenta-se com candidatos próprios às eleições autárquicas de Albufeira contrariando o bipartidarismo e o bipolarismo. Isto é, com ideias próprias, com propostas pensadas e concretizáveis e, não menos importante, com visões e ambições diferentes. Apresenta-se, apesar de tudo, como alternativa à gestão tradicional desgastada. Por uma questão pessoal, porque, não sendo originariamente do concelho, e nele tendo vivido muitos anos, conheço-o bem a par de outras realidades municipais. Conheço ainda a Câmara de Albufeira por fora, mas também a conheço razoavelmente bem por dentro. Por uma questão de causa pública, porque com o programa que defendemos, sustentado nas indignações, preocupações e desalento dos respetivos munícipes, serei capaz de mudar para melhor a realidade do concelho e proporcionar aos albufeirenses, de uma vez por todas, o aumento do bem-estar que tanto anseiam.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
JL: Esta questão obedece a um processo comparativo que obriga ao conhecimento das propostas dos outros candidatos. Ao que parece, o CDS-PP, foi o primeiro partido a tornar públicas as suas matrizes programáticas. Quer isto dizer que o fez, pensando nas suas ideias, promovendo a auscultação dos munícipes e delineando os planos de intervenção que considerou necessários e concretizáveis para o futuro do concelho. Sabemos o que é que alguns candidatos já fizeram. Não sabemos, porém, o que outros candidatos poderão fazer. E não sabendo, não poderei, quanto a estes, comparar ou diferenciar. A única certeza que tenho, porque é esta que me move, é o que eu vou fazer e como o vou fazer. Farei seguramente diferente. A distinção e a iniciativa não são sinónimos de incerteza ou imponderabilidade. Pelo contrário, a obstinação e a inércia é que poderão ser, como temos visto, elementos permissivos e condutores da degradação do bem-estar social no concelho.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
JL: Desde logo a reorganização dos serviços municipais. E quando me refiro a serviços, quero abranger não só os que são prestados às populações, mas também as respetivas unidades orgânicas que os proporcionam. Não podemos fazer jus à causa pública quando prestamos um mau serviço às populações ou simplesmente esse serviço não existe! O investimento em medidas estruturantes visa a melhoria da gestão e da prestação pública dos serviços. Pessoal suficiente, motivado e capaz, articulação e agilização orgânica, celeridade processual e eficiência, serão seguramente os seus efeitos e, por consequência, o seu retorno.
A outra medida seria implementada em conjunto. Em paralelo definir o equilíbrio de interesses tripartido entre estabelecimentos, turistas e residentes, regulando e fiscalizando os horários de funcionamento e em simultâneo, proceder à análise sobre a necessidade de mais meios de prevenção e intervenção visando a manutenção e segurança da ordem pública. Não há turismo sem segurança.