Albufeira é um dos municípios nacionais de média dimensão com melhor saúde financeira, estando a par de Lagoa e Marinha Grande.
A conclusão parte do estudo agora publicado no Anuário dos Municípios Portugueses, elaborado com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados, no qual se especifica que as dívidas dos municípios portugueses diminuíram 450 milhões de euros em 2015, para 5.784 milhões de euros, confirmando uma tendência descendente deste indicador desde 2010.
Outra conclusão diz respeito à dívida global dos municípios, a qual inclui as empresas municipais, e que aponta para um valor de 6.892 milhões de euros, que apesar de elevado, significa menos 490 milhões do que em 2014. O sector empresarial local representa 16% desta dívida global dos municípios, sendo que em 2015, existiam 164 empresas municipais, 13 das quais cumpriam os requisitos para serem dissolvidas e não o foram, e 24 intermunicipais.
No plano geral, a receita total efectiva dos municípios cresceu 303,8 milhões em 2015, para 7.243,2 milhões, com origem sobretudo nas transferências recebidas do Estado (41% – 3.088 milhões) e nos impostos e taxas, entre os quais o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que constitui a principal receita dos municípios (60% dos impostos) e que sofreu um aumento de mais 66 milhões de euros do que em 2014.
Consciente deste esforço por parte dos munícipes e tendo em atenção a franca expansão da saúde financeira do Município, foi deliberado pela Câmara a 7 de Outubro baixar consideravelmente as taxas e impostos no concelho de Albufeira. “Agora que encontrámos o equilíbrio financeiro não fazia sentido continuarmos a exigir sacrifícios aos nossos munícipes. É tempo das famílias terem fôlego financeiro, é tempo das PME sentirem que a autarquia está a fazer os possíveis para ajudar na sua recuperação económica, criando condições favoráveis para a atracção de investimento privado no concelho”, defendeu o presidente da Câmara de Albufeira, para quem as medidas tomadas “implicam uma rigorosa gestão municipal dos recursos financeiros disponíveis”.
Para Carlos Silva e Sousa, “as actuais condições financeiras permitem-nos retomar um conjunto de investimentos importantes para o concelho, nomeadamente em matéria de qualificação urbana, mas também no domínio social, onde iremos apostar fortemente na criação de mais soluções de apoio à população sénior que é hoje uma das nossas prioridades, mas também em domínios como a Educação, a Cultura, o Desporto, a Juventude e o apoio ao Associativismo”.