O anúncio estava para ser feito pela Câmara de Lisboa e pelo bispo Américo Aguiar, mas Marcelo Rebelo de Sousa antecipou-se e já anunciou: o altar-palco para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Parque Tejo passa a ter um orçamento de 2,9 milhões de euros e será a Igreja a pagar o altar do Parque Eduardo VII.
“Era bom. Quer dizer que, em vez de sete milhões [valor aproximado da soma dos dois palcos], se passa para dois e 900. Eu acho que valeu a pena aquilo que a comunicação social e muita gente, [aquilo que] a sociedade portuguesa fez, como apelo, e nestes tempos difíceis de guerra, de inflação”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas em Celorico de Basto.
O chefe de Estado acrescentou que, “com a subida de preço e as dificuldades da vida, era preciso de facto baixar” os custos destes palcos da Jornada, que decorre entre 1 e 6 de agosto. “Fico satisfeito pelo esforço feito por todos para baixar para muito menos de metade”, rematou, em Celorico da Beira, no distrito da Guarda.
Os custos da JMJ têm estado em destaque depois de ser conhecido que a construção do altar-palco no principal espaço do evento, o Parque Tejo, foi adjudicada pelo município de Lisboa (num ajuste direto) à Mota-Engil por 4,24 milhões de euros (mais IVA), somando-se a esse valor 1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura.
As necessidades do evento, as características do terreno e o retorno económico – este palco, com nove metros de altura e capacidade para 2.000 pessoas, permanecerá no local – têm sido apontados como argumentos para o investimento.
No Parque Eduardo VII (para onde estão previstos a missa de abertura, o acolhimento do Papa Francisco e a Via-Sacra) haverá outro palco, que tinha um custo estimado de até dois milhões de euros e que será retirado no final da Jornada.
Em janeiro, a autarquia referiu que este palco seria alvo de um concurso internacional.