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A vida numa prisão da Coreia do Norte: Ex-detidas relatam agressões físicas, abusos sexuais e abortos forçados

“Senti-me como um animal, não um ser humano”

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19:37 28 Março, 2022 19:37 28 Março, 2022 | SIC Notícias

A Coreia do Norte é conhecida por ter um dos regimes mais repressivos do mundo. Contudo, a maioria dos casos de violações dos Direitos Humanos é abafada pelo regime de Kim Jong-un.

Perante um cenário de pobreza generalizada e liberdades básicas negligenciadas, milhares de norte-coreanos tentam fugir do país, uma missão quase impossível.

Tratados como traidores, arriscam ser presos pelas autoridades norte-coreanas, que desprezam quem foge do país, e são fortemente punidos. Lee Young-joo e Saerom são duas ex-detidas que deram um passo em frente e partilharam o que observaram e ao que foram sujeitas nas prisões.

SENTADAS ATÉ 12 HORAS SEM SE MEXEREM

À BBC, Lee conta que uma das técnicas utilizadas no Centro de Detenção de Onsong era obrigar os detidos a ficarem sentados, de pernas cruzadas, com as mãos sobre os joelhos até 12 horas por dia. Qualquer barulho, sussurro ou movimento implicava severas punições.

Durante o resto do dia, os detidos viviam em miseráveis condições, com acesso limitado à água e apenas algumas taças de milho moído para comer.

“Senti-me como um animal, não como um ser humano”, diz Lee Young-joo, que fugiu do país em 2007 e foi intercetada na China, tendo sido deportada para a Coreia do Norte.

A norte-coreana admitiu que tinha sido espancada com um porta-chaves por ter sussurrado a uma colega de cela.

“O guarda pediu-me para me dirigir às barras da cela e estender as minhas mãos. Depois começou a bater-me com um porta-chaves até ficar inchada e azul“.

Assim como Lee Young-joo, os restantes prisioneiros também eram castigados. “Podíamos ouvir os outros a serem espancados. Estava na cela 3 e conseguia ouvir o sofrimento vindo da cela 10″, admite Lee.

A norte-coreana foi condenada a três anos e meio de prisão por deserção.

“Estava preocupada se ainda estaria viva na altura em que terminasse a minha sentença. (…) Quando entramos nestes lugares, é preciso desistir de ser humano para suportar e sobreviver“.

CASOS DE ABORTOS FORÇADOS E INFANTICÍDIO

Para além de múltiplas denúncias de violações sexuais e outras formas de agressão, houve quem assistisse a abortos forçados.

No centro de detenção de North Hamgyong, uma ex-prisioneira testemunhou guardas a provocarem um aborto a uma colega grávida de oito meses. O bebé acabou por sobreviver e foi posteriormente afogado numa bacia de água.

Entre os relatos, há quem tenha chegado a testemunhar execuções nos estabelecimentos prisionais.

A antiga prisioneira Saerom acusa os guardas do Centro de Detenção de Onsong de a terem agredido com um bastão de madeira nas pernas. Para além disso, o sofrimento de um seria o sofrimento de todos, visto que os guardas obrigavam os prisioneiros a observar esses atos de violência.

ONG KOREA FUTURE DIVULGA BASE DE DADOS SOBRE VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS

Thread: For the past few months I've been working with @KFuturexhr on their North Korean Prison Database. One of the facilities covered in this project is the detention centre at Onsong which we reconstructed in 3D from survivor testimony and satellite imagery. pic.twitter.com/txTzHZWoVN

— Orion_int (@Orion__int) March 28, 2022

Os vários relatos de mais de 200 pessoas chegaram à Organização Não Governamental sul-coreana, Korea Future. O objetivo desta ONG é investigar violações dos direitos humanos na Coreia do Norte para responsabilizar os perpetradores e levá-los à Justiça.

A ONG conseguiu identificar perto de 600 perpetradores ligados a 5.181 violações dos direitos humanos cometidas contra 785 detidos em 148 estabelecimentos prisionais.

Proceder à acusação, tendo em conta casos desta magnitude, é difícil e a Coreia do Norte sempre negou este tipo de alegações. Contudo, esta investigação, lançada no domingo, teve o contributo de peritos do Tribunal Penal Internacional e as provas recolhidas serão admissíveis em tribunal.

O co-diretor da Korea Future, Suyeon Yoo, disse à BBC que o sistema prisional e a violência dentro da prisão está a ser utilizada para “reprimir uma população de 25 milhões de pessoas”.

  • Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL
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