A Marinha portuguesa voltou a destacar-se numa operação internacional ao largo da Somália. Sob o comando do comodoro João Pedro Monteiro da Silva, as forças navais europeias libertaram um navio mercante e os 24 tripulantes que estavam em cativeiro após terem sido capturados por piratas. A missão integrou-se na “Operação Atalanta”, iniciativa da União Europeia destinada a combater a pirataria e a proteger a navegação comercial naquela região do Índico.
De acordo com o jornal Correio da Manhã, a intervenção das forças navais decorreu na sexta-feira, 7 de novembro, tendo o navio sido intercetado e abordado com sucesso. O resgate, realizado sem vítimas, envolveu militares de várias nacionalidades e teve como ponto central a coordenação portuguesa da missão.
“Operação Atalanta” e o papel de Portugal
A Operação Atalanta é uma das principais missões militares da União Europeia fora do continente, centrada na segurança marítima junto ao Corno de África. A presença de uma força naval portuguesa no comando traduz, segundo a mesma fonte, o reconhecimento internacional da experiência e capacidade operacional da Marinha portuguesa em contextos de alto risco.
O comodoro João Pedro Monteiro da Silva lidera as forças navais europeias destacadas na missão, que atua sob mandato do Conselho da União Europeia.
A operação visa não apenas libertar navios sequestrados, mas também garantir a proteção de embarcações do Programa Alimentar Mundial e de outras missões humanitárias que atravessam rotas afetadas pela pirataria.
Como decorreu o resgate no Índico
Segundo o mesmo jornal, a operação que levou à libertação dos 24 tripulantes começou com a deteção de um pedido de socorro. As forças navais foram mobilizadas e, após manobras de aproximação, a intervenção foi lançada a partir do navio “Victoria”, com o apoio de unidades europeias posicionadas na região.
O resgate decorreu de forma rápida e controlada, com os piratas a serem neutralizados antes de causarem danos aos reféns. Nenhum membro da tripulação ficou ferido e o navio mercante pôde retomar a navegação sob escolta.
Operação de alto risco
A missão representou um dos momentos mais complexos do recente historial da “Operação Atalanta”, pela natureza do sequestro e pela localização do navio, numa zona de elevada atividade pirata.
A prontidão e a coordenação das equipas navais permitiram concluir o resgate com sucesso, reforçando o papel das forças europeias na estabilidade marítima da região. Para o comando português, esta foi também uma demonstração da importância de manter presença constante nas rotas comerciais estratégicas, onde a segurança marítima continua vulnerável a ataques.
Um feito com assinatura portuguesa
Escreve o Correio da Manhã que João Pedro Monteiro da Silva é acompanhado por outros nove militares portugueses na missão europeia. O grupo integra-se no Estado-Maior da “Operação Atalanta”, com base em Rota, Espanha, e coordena as ações navais no mar da Somália.
Com esta intervenção, Portugal reforça a sua presença no esforço internacional de combate à pirataria, contribuindo para a segurança global das vias marítimas e para a proteção de centenas de tripulantes que cruzam diariamente o Índico.
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